Músicos e musicistas recorrem a movimentos para interpretar canções, eruditas ou populares. Bailarinas e bailarinos se deslocam no espaço em busca de forma para estímulos sonoros, imagéticos e sentimentos. O diálogo da música e da dança com os sons foi o tema do último UFMG Talks de 2019. Da edição, realizada no início de dezembro, participaram os professores Mauricio Loureiro, da Música, Mônica Ribeiro, das Artes Cênicas, e o dançarino Lourenço Marques, da Cia Suspensa.

Professor titular da Escola de Música da UFMG, Mauricio Loureiro demonstrou exemplos de como o movimento integra a interpretação musical. De acordo com o pesquisador, o movimento está diretamente relacionado à performance do artista. “O movimento do corpo faz parte da música que a gente executa. Quando a gente toca, a gente não sabe como se movimenta. Eu só descobri como eu movimento depois que eu me gravei em vídeo”, explica Loureiro.

Loureiro destacou ainda que as relações entre música e movimento também estão relacionadas à cultura. “Nossa referência, nossa herança é a cultura europeia. Com base nela é que construí minha apresentação, mas tenho certeza de que deve haver uma relação muito particular, muito própria, entre os movimentos de um músico e a sua bagagem cultural”.

Essa perspectiva – a relação entre a cultura e os movimentos associados à interpretação musical – também foi um dos pontos abordados pela professora e dançarina Mônica Ribeiro. Ela chamou ainda a atenção para o que definiu como “espaços de invisibilidade”. “Eu não posso afirmar que só existe movimento quando o vejo”.  Mônica ressaltou também que há uma relação entre música e mente.  Existem técnicas baseadas na música e empregadas no tratamento de problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos. É a musicoterapia", destacou.  

A sétima edição do UFMG Talks ocorreu no dia 4 de dezembro e já está disponível na íntegra:

Sobre o UFMG Talks

Com esta edição, o UFMG Talks encerra o ano tendo promovido discussões sobre Nanotecnologia, Inteligência Artificial, Genética, Fake News, Vacinas, com participação de professores de várias áreas do conhecimento. O formato do projeto é inspirado nas palestras do TED (sigla em inglês para Technology, Entertainment and Design) e propõe uma conversa descontraída sobre algum tema de interesse da população.

Após recesso em janeiro e fevereiro, o UFMG Talks volta com sua programação mensal a partir de março de 2020, sempre no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil. Os próximos temas já estão definidos. No dia 11 de março, os professores Luiz Henrique Rosa e Andres Zarankin trazem ao público uma conversa instigante sobre a Antártica. E no dia 8 de abril, o tema da discussão será Envelhecimento.

O UFMG Talks é uma iniciativa da Pró-reitoria de Pesquisa, em parceria com o Centro de Comunicação da UFMG, e conta com o apoio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, a Fundep. O evento é gratuito e disponibilizado na íntegra no YouTube da TV UFMG e no site da PRPq.