Violência contra a juventude negra é tema de entrevista na UFMG Educativa
Sociólogo Luiz Alberto Oliveira Gonçalves, professor da FaE, falou com a produção do programa Conexões
![Foto: Julio Cesar / Mídia NINJA Manifesto contra violência que vitimou Marcos Vinicius, no Rio de Janeiro](https://ufmg.br/thumbor/cKOvaLzoCkqZcwQAqA7fnAPmLmA=/0x0:1282x857/712x474/https://ufmg.br/storage/4/b/4/e/4b4ec50718bed854f669220c1086bc2e_1542742852856_1192813068.jpg)
Marcos Vinicius da Silva, de 14 anos, foi morto no dia 20 de junho, vítima de uma bala perdida, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. O adolescente esperava uma trégua no tiroteio que acontecia perto de sua casa, para poder ir para a escola, quando foi atingido na barriga por um tiro que, de acordo com testemunhas, foi disparado de dentro de um carro blindado da polícia.
A imagem do uniforme cheio de sangue do adolescente circulou pelas redes sociais e estimulou uma discussão sobre a violência contras as juventudes negras no Brasil.
O jovem negro, de acordo com o Atlas da Violência, tem 2,5 vezes mais chances de ser assassinado no país. E o mais chocante ainda: a cada 23 minutos, um jovem negro é morto. Esses números assustam, e a cada dia lemos e assistimos a notícias como a do caso envolvendo Marcos Vinicius.
A violência sofrida por essa parcela da população afeta diretamente seu acesso à educação e o desempenho escolar.
Na data em que se comemora não apenas o Dia Nacional da Consciência Negra, mas também o Dia Mundial da Criança, a produção do programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, conversou com o sociólogo Luiz Alberto Oliveira Gonçalves, professor da Faculdade de Educação da UFMG, sobre a educação na infância e adolescência de pessoas negras.
O Atlas da Violência é publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e reúne dados sobre a violência no Brasil. O professor Luiz Alberto Oliveira Gonçalves organizou, com Sandra Pereira Tosta, o livro A síndrome do medo contemporâneo e a violência na escola, publicado pela Editora Autêntica.