Sods indexa síntese do Conselho Universitário
Nem só as salas de aula, laboratórios ou as inflamadas assembléias estudantis e greves de professores e funcionários serviram de palco para a construção da história da UFMG. Parte significativa da trajetória da Universidade está registrada nas atas das reuniões do Conselho Universitário, de onde saíram documentos e resoluções que mudaram os rumos da Instituição.
Essa memória deixou de estar presente apenas nos 36 livros de atas produzidos pela Secretaria de Órgãos de Deliberação Superior (Sods) para encontrar abrigo seguro nos computadores do órgão, responsável pelo registro das reuniões dos conselhos da UFMG. O resultado desse trabalho é o documento Síntese dos 70 anos do Conselho Universitário da UFMG (1927- 1997), um calhamaço de 447 páginas, que reúne resumos de reuniões ocorridas de 24 de novembro de 1927 a 10 de dezembro de 1997.
Responsável pela indexação da síntese, o assistente de administração da Sods, Carlos Alberto Khouri Rossi, diz que o levantamento contém um painel representantivo das principais deliberações do Conselho em 70 anos de atividade. "Registramos informações que vão desde à incorporação de unidades acadêmicas à antiga Universidade de Minas Gerais, até a consolidação do campus, passando pelos constantes embates com o governo federal para obtenção de mais verbas", exemplifica.
A Coordenadora da Sods, Consuelo Dourado Dupin, explica que a transposição das atas para o meio eletrônico diminui os riscos de perda dessa memória documental em acidentes ou incêndios. "Há livros manuscritos e nada foi microfilmado", lembra.
Carlos Alberto Rossi levou cerca de três meses para concluir o levantamento, num regime de dedicação quase exclusiva: "Só parava para tratar de algum assunto mais urgente". Além da Síntese, preparou um anexo relacionando os assuntos mais consultados pela comunidade da UFMG, como moradia universitária, patrimônio imobiliário, comodato Mineirão/Mineirinho, títulos honoríficos, calourada, entre outros. "É um levantamento para controle próprio da Sods, mas que também procura facilitar o acesso do público interessado a informações registradas nos arquivos do órgão máximo de deliberação da Universidade", diz Khouri, que também pretende desenvolver um índice semelhante para outros Conselhos, como o de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), Curadores e o de Diretores.
Reitor amplia debate com a comunidade universitária
A2.jpg (2429 bytes)o longo do mês de dezembro, o reitor Francisco César de Sá Barreto visitou 16 unidades acadêmicas da UFMG com o intuito de aumentar o contato com toda a comunidade universitária. Outros encontros acontecem no início do próximo ano, quando o Reitor será recebido pelos diretores das quatro unidades restantes - Faculdades de Farmácia, Ciências Econômicas, Veterinária e Medicina.
De acordo com o chefe de gabinete, professor Márcio Quintão Moreno, a agenda do Reitor com as unidades é completamente aberta, ou seja, qualquer assunto pode ser abordado. "Um dos temas mais questionados ao Reitor pelos diretores das escolas tem sido a autonomia universitária", informa Quintão.
Nos encontros, que também contam com a participação de professores, estudantes e funcionários, o Reitor esclarece e toma conhecimento dos mais variados assuntos, geralmente problemas e demandas das unidades. No dia 14, por exemplo, em sua visita à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), um estudante perguntou ao reitor César Barreto se eram verdadeiros os rumores de que o Restaurante Universitário do campus Pampulha seria fechado no ano 2000. O reitor não só garantiu ao aluno que o RU continuará funcionando normalmente, como anunciou que o Restaurante será terceirizado. Isto porque, no próximo ano, a Fump passará a cuidar exclusivamente da assistência aos estudantes, objetivo para o qual foi criada originalmente.