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Ministro da Ciência e Tecnologia lança Internet 2

Lançamento nacional ocorreu durante Simpósio de Redes de Computadores, sediado pela UFMG

O ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Mota Sardenberg, lançou oficialmente na semana passada a Internet2 brasileira, passo considerado decisivo para o desenvolvimento tecnológico do país. A solenidade aconteceu no auditório da Reitoria durante o 18o Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores, reunindo autoridades e especialistas registrados na Internet.

 

O Backbone RNP2 , nome dado à versão brasileira da Internet2, é várias vezes mais rápido que a Internet comum e irá interligar instituições de pesquisa e universidades nacionais para o estudo e desenvolvimento de aplicações avançadas das novas tecnologias. Na primeira etapa de implantação, já em andamento, estão sendo conectadas seis das 14 redes metropolitanas de alta velocidade (Remavs), sediadas em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Recife. Como outras capitais podem usar ao longo de mais duas fases, usar para junho e julho. O Backbone RNP2 é apoiado pelo Programa Interministerial de Planejamento e Manutenção da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, instituído em outubro de 1999 pelos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia.

 

Investimentos

 

De acordo com o ministro Sardenberg, o Backbone RNP2 demandou investimentos de R$ 26 milhões, recursos que permitirão a construção de uma infra-estrutura de redes que beneficiarão áreas como geoprocessamento, educação a distância, videoconferências, telerradiologia e bibliotecas virtuais. "A Internet2 oferece serviços diferenciados e reafirma o papel de liderança do Brasil no uso de redes de alta velocidade entre os países da América Latina", disse Sardenberg.

 

O assessor de Tecnologia da Informação da UFMG, Márcio Bunte, coordenador da BH2, a versão mineira da Internet2, afirma que é difícil estipular o quanto sua velocidade é maior em comparação à convencional. Ele explica que a rapidez depende do tipo de ligação. "De nossas casas, o acesso se dá a 56 mil bits por segundo; da Universidade, se faz a 10 milhões de bits e de uma cidade para outra, cai para 2 milhões de bits.", exemplifica. Segundo Bunte, a Internet2 permitirá ampliar a velocidade entre as cidades em até 600 milhões de bits por segundo, o que já é comum no exterior, como nos Estados Unidos, onde a nova versão da Internet já existe há quatro anos, desde que 130 universidades e cerca de 100 empresas uniram-se para criar uma rede de computadores para uso específico do meio acadêmico e com altíssima velocidade de transmissão de dados.

 

Segundo José Luiz Ribeiro Filho, presidente da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), a Internet2 brasileira é resultado de um grande esforço, que envolveu 70 instituições e capacitou mais de 200 técnicos no seu planejamento e implantação.

 

 

 

                                                           O Simpósio

 

O 18o Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores, que aconteceu entre 23 e 26 de maio na UFMG, foi promovido pela Sociedade Brasileira de Computadores (SBC) e pelo Laboratório Nacional de Redes de Computadores (Larc). O evento, anual, constitui-se no principal fórum nacional de debates sobre pesquisa e desenvolvimento na área de redes de computadores. Durante os quatro dias, foram realizadas palestras, minicursos , o 2o Workshop de Comunicação Sem Fio, promovido pelo Departamento de Ciência da Computação; o 2o Workshop RNP2, que reuniu os participantes dos consórcios das Remavs; e o 5o Workshop Telecomunications Management Network, que abordou temas como redes ativas, agentes móveis e inteligência artificial.

 

 

 

A rede em Minas

 

A UFMG lidera o consórcio da Internet2 em Minas Gerais, chamado de BH2, e que abrange cinco grandes áreas de atuação, envolvendo mais de uma dezena de entidades. Confira.

 

Bibliotecas Virtuais Multimídia: UFMG, Fiemg, PUC-MG, Uemg e Prodemge.

 

Educação a distância: Fumsoft, Prodabel, PUC-MG, Uemg e UFMG.

 

Geoprocessamento: Cemig, Instituto de Geociências Aplicadas (IGA), Prodemge, PUC-MG, Prodabel e UFMG.

 

Gerenciamento, operação e manutenção da rede: DCC/UFMG, Telemar, Cemig e Prodabel.

 

Telerradiologia: Cenapad, HC e Santa Casa de Misericórdia.

Ana Carolina Fleury