Festival começa no domingo em Diamantina
Três atividades artístico-culturais marcam o início do 32o Festival de Inverno da UFMG, no dia 9 de julho, em Diamantina. Às 16 horas, o evento será declarado aberto em solenidade oficial, seguida da inauguração da exposição fotográfica Imagens do Festival. Às 18 horas, o Ars Nova Coral da UFMG apresenta-se na igreja Nossa Senhora do Rosário e, às 20 horas, haverá Vesperata na rua da Quitanda. A semana de abertura terá ainda outros 26 eventos culturais abertos ao público, além do início de 28 oficinas. (Veja programação de eventos da primeira semana, em encarte nesta edição).
O Festival de Inverno prossegue até 29 de julho com uma intensa programação cultural, que inclui lançamento de livros e exposição de fotografias e esculturas de Franz Krajcberg, exposição fotográfica de Xixico Alckmin, apresentações de Tom Zé, de Hermeto Paschoal, de Dona Ivone Lara e da Orquestra de Câmara do Sesiminas, além de mostras cinematográficas e performances cênicas.
Qualidade
Ao correr os olhos pelo programa, o coordenador-geral do evento, Fabrício Fernandino, afirma que a marca principal do Festival da UFMG é a alta qualidade de suas atividades. Segundo ele, toda a programação foi planejada para oferecer aos estudantes e ao público dos eventos abertos arte do mais alto nível. "Cada um dos 888 alunos matriculados e todos os milhares de espectadores dos espetáculos públicos estarão diante do que de melhor um evento cultural pode oferecer", antecipa o coordenador.
Quanto às oficinas, Fernandino diz que todas têm carga horária adequada às propostas de uma atividade extensionista e serão ministradas por professores-artistas de reconhecimento nacional e internacional. De acordo com o coordenador, a aposta na qualidade foi fundamental para que o Festival da UFMG chegasse aos 32 anos como o maior programa de extensão da área artístico-cultural de uma instituição de ensino superior no País. "É fácil verificar que, no mundo atual, não só na área de cultura, as pessoas procuram aquilo que lhes permite evoluir, tornar-se melhores e mais antenados. Isso só é possível aprendendo com quem sabe mais ou freqüentando cursos de boa qualidade", afirma. Para confirmar seu raciocínio, ele cita os números do Festival da UFMG. Desde sua criação, em 1967, mais de 60 mil pessoas já passaram por suas oficinas e cursos. "Se somarmos os espectadores e participantes de outros eventos como shows e exposições , o número chega a quase um milhão", calcula.
Segundo Fernandino, o Festival de Inverno representa para a UFMG uma promoção cultural e artística de caráter extensionista, sem nenhum interesse comercial ou de lucro. "Ao organizar o Festival, temos consciência de que estamos cumprindo nosso papel social de incentivar o desenvolvimento e a ampliação do conhecimento e de levá-lo a todas as partes do Brasil. Não abrimos mão de estarmos o tempo todo ao lado da sociedade", afirma.
Erudito e popular
Regido pelo maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca, o Ars Nova Coral da UFMG estará apresentando na abertura do Festival, dentre outras obras, Magnificat, de Manuel Dias de Oliveira, Maria Mater Gratia, de Marcus Coelho Neto e Salve Regina, de Joaquim José Emérico Lobo de Mesquita.
O Ars Nova foi fundado em 1959 e incorporado à UFMG em 1962. Apresentou-se em concertos, festivais, simpósios e concursos em muitos estados brasileiros e em diversos países europeus, asiáticos, americanos.
Na Vesperata, 80 músicos das bandas Mirim e do 3 Batalhão da PM, dispostos nas sacadas dos casarões e regidos pelos maestros no meio do público, tocarão músicas que vão do erudito ao popular.