A captação de R $ 1,27 milhão para a reforma de Borges da Costa, anexo ao Hospital de Clínicas, é o primeiro passo para viabilizar o retorno de atividades de hospitais no prédio, que abrem um dia de hospital para pacientes portadores de câncer, com capacidade para 15 mil empreendimentos por mês. "Com uma obra, ou Borges, volta a ser um importante centro oncológico de Minas Gerais", explica o diretor do HC, Henrique Oswaldo Gama Torres, ao lembrar o anexo abreviado do primeiro hospital do estado em tratamento de câncer.

 

A idéia de criação do hospital-dia, que permite ao paciente permanecer mais tempo na casa, surgiu a partir da própria estrutura do prédio, composta por vários blocos separados e espaços amplos e arejados, entremeados por jardins e jardins. Além das atividades de tratamento do câncer, uma unidade vai abrir um bloco cirúrgico e uma clínica para pacientes com distúrbios psiquiátricos. Também serão preparadas salas de aula com sistemas de vídeo, para que alunos do ciclo profissional de áreas de saúde da UFMG acompanhem cirurgias e outros procedimentos.

 

A recuperação do telhado e das esquadrias das janelas terá início imediato, apesar da versão final do projeto arquitetônico ainda não ter sido solicitada. Segundo a arquiteta do HC, Andréa Magalhães Gandra, três estudos preliminares já foram feitos, mas há dificuldade em adaptar como demandas de todos os setores de um prédio de valor histórico.

 

Construído há mais de 70 anos, o Borges da Costa é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). Por isso, como as obras devem levar em consideração a necessidade de recuperação de recursos originais da construção. "Uma fachada, por exemplo, não pode ser alterada. É um fator limitador, mas que, por outro lado, preserva uma aparência muito agradável", pondera Gandra. A partir da etapa arquitetônica, o projeto executivo poderá ser contratado, ou o que acontecerá ainda este ano.

 

Emendas

 

Total captado, R $ 920 mil já estão disponíveis. Os recursos vieram de agendas ao Orçamento da União permitido por 11 deputados federais e um senador da bancada mineira no Congresso Nacional. A liberação da verba foi viabilizada a partir do encontro organizado em setembro do ano passado, pela Assessoria de Cooperação Institucional da UFMG e pelas autoridades da Universidade e Parlamentares.

 

Para uma assessora de Cooperação Institucional, Cecília Nogueira, as iniciativas como estas devem se tornar sistemáticas. O diretor do HC, Henrique Torres, concorda: "O Borges da Costa tem importância para o município e para Minas Gerais não apenas pelo seu valor médico, mas também pela história e arquitetura".

 

Para reformar a área de 4,5 mil metros quadrados, serão necessários cerca de R$ 3,6 milhões. Segundo Henrique Torres, a intenção é continuar sensibilizando os parlamentares para a apresentação de novas emendas, garantindo o restante dos recursos: "A reforma do Borges significa a confirmação do HC como centro de referência no tratamento de câncer e abertura de mais um espaço de aprendizagem na UFMG." A criação do hospital-dia deverá mobilizar 126 funcionários, 69 professores e 379 residentes/alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia.

 

 

Que apresentou emendas

 

Senador 

Arlindo Porto (PTB)

 

Deputados:

Cabo Júlio (PL)

Eduardo Barbosa (PSDB)

Maria do Carmo (PT)

Maria Elvira (PMDB)

Nilmário Miranda (PT)

Paulo Delgado (PT)

Ronaldo Vasconcelos (PFL)

Saraiva Felipe (PMDB)

Sérgio Miranda (PC do B)

Virgílio Guimarães (PT)

Walfrido Mares Guia (PTB)

 

Ex-alunos da UFMG