Expansão à vista

Não dá para separar

Semana do Conhecimento e Cultura confirma caráter indissociável das três dimensões acadêmicas

 

Ensino, pesquisa e extensão são como irmãs siamesas. Indissociáveis, as três dimensões acadêmicas funcionam de forma articulada e fazem da UFMG uma das mais sólidas universidades brasileiras. Um dos momentos em que essa característica fica mais evidente é a Semana de Conhecimento e Cultura, que este ano será realizada no período de 1º a 5 de outubro, no campus Pampulha.

 

Sob o guarda-chuva dela estão três dos mais tradicionais eventos acadêmicos da UFMG: a Semana de Iniciação Científica, que chega à sua 16ª edição, a 11ª Semana da Graduação e o 10º Encontro de Extensão. O evento também integra a 4a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. 

“A Semana do Conhecimento é uma grande prestação de contas, uma forma que a Universidade encontrou de avaliar o investimento feito na formação de seus alunos”, analisa o pró-reitor de Graduação, Mauro Braga. E no caso da graduação, esse investimento envolve números vultosos: são cerca de 800 bolsistas, em sua maioria vinculados a iniciativas mantidas com recursos do orçamento da UFMG, como o Programa Especial de Graduação (PEG), o de Monitoria da Gradução (PMG) e o Pró-Noturno – este oferece recursos para alunos dos cursos noturnos se dedicarem integralmente a atividades acadêmicas. Ao todo, estima Mauro Braga, os investimentos nas bolsas de graduação alcançam a cifra de R$ 2 milhões.

 

Já a professora Angela Dalben, pró-reitora de Extensão, lembra que o evento é uma prova de que a Universidade “produz conhecimento de forma indissociável”. Ela também ressalta o caráter de “síntese e culminância” da Semana, uma vez que os trabalhos ali apresentados foram desenvolvidos ao longo do ano. O braço extensionista da Semana do Conhecimento reunirá 370 trabalhos desenvolvidos por 344 bolsistas vinculados a 78 programas de extensão.

 

Crescimento

 

Pelos cálculos do professor Carlos Alberto Tavares, pró-reitor de Pesquisa, a Semana de Iniciação Científica de 2007 registrará um número de projetos 15% superior ao dos que foram apresentados em 2006. Este ano, foram inscritos 1.485 trabalhos, que serão avaliados por comitês formados por especialistas da UFMG e do CNPq.

 

Esse crescimento é atribuído pelo pró-reitor a dois fatores: aumento de bolsas e a política de admissão de doutores no quadro docente da UFMG. Só de novas bolsas financiadas pela Fapemig, diz Tavares, a Universidade passou a receber cerca de 90 no início de 2007. Já o impacto da contratação de professores com doutorado também é considerável, pois apenas eles podem contar com bolsistas de iniciação científica em seus projetos de pesquisa. A UFMG mantém 912 bolsas de iniciação científica, financiadas em sua maior parte pelo CNPq e pela Fapemig. Além delas há um contingente de bolsas custeadas por empresas.

 

As três pró-reitorias envolvidas na organização da Semana do Conhecimento e Cultura premiarão, com placas e menções honrosas, os melhores trabalhos de graduação, extensão e iniciação científica em sessão marcada para a tarde do dia 5 de outubro.

 

Colaborou Luiz Dumont Júnior

 

Cultura, inovação e polêmica

 

O caráter acadêmico da Semana do Conhecimento aparece até na programação cultural. Pelo menos três das quatro atrações previstas estão vinculadas a projetos de extensão. Na terça-feira, dia 2, está agendada a apresentação de teatro A mala, vinculada ao programa de Extensão da Faculdade de Direito.

 

No dia 3, será a vez do grupo de dança folclórica Sarandeiros, ligado à Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. O encerramento da agenda cultural, no dia 4, ocorrerá com concerto da Big Band UFMG, da Escola de Música. Todas as apresentações serão na arena da Praça de Serviços, sempre às 12h30.

 

Outro destaque da programação são os debates de temas contemporâneos. O professor Ruben Dario Sinisterra Millan, diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT), abordará em palestra no dia 3, às 14h, no auditório da Reitoria, o tema Inovação Tecnológica e Patentes. “Quero refletir com os alunos da UFMG a participação deles no processo de inovação e produção de novas tecnologias”, antecipa o professor Ruben.

 

Já no dia 4, também às 14h, no auditório da Reitoria, um tema polêmico, a transposição do Rio São Francisco, será alvo de palestra do professor Apolo Lisboa, coordenador do Projeto Manuelzão, da Faculdade de Medicina.

 

A íntegra da programação da Semana do Conhecimento está na página www.ufmg.br/conhecimentoecultura.

Flávio de Almeida