20 anos de encontros
Tradicional feira de artesanato do Vale do Jequitinhonha reúne 90 expositores no campus Pampulha nesta semana
A Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha ocupará, mais uma vez, a Praça de Serviços do campus Pampulha. De 6 a 11 de maio, o evento vai expor a riqueza cultural de Minas, promover artistas e ampliar as possibilidades de reconhecimento e comercialização de seus produtos. Cerca de 90 expositores, de 27 municípios, e 48 associações participam da feira, incluindo os povos indígenas Aranã e Cinta Vermelha, do município de Araçuaí, e o Quilombo Raiz, de Presidente Kubitschek.
Em 2019, a Feira completa duas décadas, fiel ao princípio de valorizar a troca de experiências entre artesãos, universidade e comunidade local. Para Maria das Dores Pimentel, coordenadora do Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, “a Feira não é somente um espaço para venda, é um espaço de encontro. É fundamental que a comunidade universitária e a população de BH conheçam esses saberes ancestrais, tão importantes quanto os acadêmicos”.
Organizada pela Diretoria de Ação Cultural da UFMG (DAC), pela Pró-reitoria de Extensão (Proex) e pelo Polo Jequitinhonha, a Feira, de acordo com Sérgio Diniz, produtor cultural da DAC e coordenador do evento, é resultado da articulação de diferentes órgãos da UFMG. “Contamos também com o apoio financeiro e logístico de diversas instituições, com base no entendimento de que o esforço conjunto é que constrói o êxito da feira”, afirma Diniz. Um dos parceiros é o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Além da exposição e da venda dos produtos artesanais, a Feira oferece intensa programação cultural gratuita, que inclui lançamento de livro, documentário, shows e produções teatrais. Na quarta-feira, dia 8, será realizada a audiência pública Artesanato mineiro: perspectiva, a partir das 9h30, no auditório da Reitoria. Iniciativa do deputado estadual Dr. Jean Freire (PT), a audiência contará com a participação de artesãos, representantes de organizações sociais e estudiosos de economia solidária.
Histórico
A ideia de promover um evento que pusesse os artesãos do Vale do Jequitinhonha em evidência na capital mineira surgiu em setembro de 2000, data da primeira edição da Feira. No ano seguinte, foi decidido que era mais viável realizá-la na semana que antecede o Dia das Mães, período mais favorável comercialmente.
Desde então, diversas ações para dar suporte e visibilidade ao trabalho dos artesãos foram realizadas pela UFMG. A homenagem aos mestres de ofício repetiu-se em nove edições do evento, lançando luz sobre o legado de artesãos com longas trajetórias de trabalho e de vida. Outra ação destacada foi a execução do diagnóstico do artesanato do Vale, em 2003.
Para promover o diálogo entre os saberes acadêmicos e populares e as novas técnicas, artesãos, professores e alunos da UFMG organizaram diversas oficinas – cerâmica, trançado em taboa, bordado e tecelagem.
A feira estará aberta das 9h às 17h, de segunda a quarta e na sexta-feira; na quinta, das 9h às 19h; no sábado, das 9h às 14h.
Programação
Dia 6 (segunda)
Praça de Serviços
11h – Abertura oficial da Feira e lançamento do livro Sabença
12h30 – Show Rubinho do Vale: um cantador do Jequitinhonha
Dia 7 (terça)
Praça de Serviços
12h30 – Cortejo Nossas vidas em cantos dançados! (Erês Mensageiras dos Ventos)
Dia 8 (quarta)
Auditório da Reitoria
9h30 – Artesanato mineiro: perspectiva. Audiência Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Praça de Serviços
12h30 – Concerto da Orquestra de Choro da UFMG
Dia 9 (quinta)
Praça de Serviços
9h – Roda de conversa Salvaguarda do artesanato em barro do Vale do Jequitinhonha (Iepha/MG)
17h30 – Performance teatral Pequenas histórias de mim mesmo (Teatro Universitário)
18h15 – Lançamento do documentário Yékity – A vida fio a fio
Dia 10 (sexta)
Praça de Serviços
12h30 – Show Canções e histórias do Brasil profundo, de Carlos Farias