Para consolidar e expandir seu potencial acadêmico, uma instituição como a UFMG não pode se restringir ao orçamento da União, destinado, em grande medida, ao custeio de despesas do cotidiano. Cada vez mais, o investimento em ensino, pesquisa e extensão exige intensa articulação com diversas instâncias de poder – do empresariado aos ministérios, passando pela bancada mineira no Congresso Nacional (leia quadro).

Essa tarefa está a cargo da Diretoria de Cooperação Institucional (Copi), que captou, nos últimos quatro anos, cerca de R$ 33 milhões, aplicados em aproximadamente 30 projetos especiais. Um deles foi a reativação dos cinco mil metros quadrados do Hospital Borges da Costa, ambulatório para tratamento de pacientes com câncer.

Outros investimentos viabilizados com recursos extra-orçamentários são a biblioteca comunitária, no campus da UFMG em Montes Claros, e do Laboratório de Aquacultura da Escola de Veterinária, único complexo da América Latina a contemplar toda a cadeia produtiva da aqüicultura.

“Esses investimentos são fruto da rede de alianças que temos construído”, diz a diretora de Cooperação Institucional, Cecília Nogueira.

Representatividade

Essa articulação, além de recursos, fortaleceu a representatividade e a imagem da UFMG no legislativo federal e beneficiou, inclusive, outras instituições de ensino superior sediadas em Minas Gerais. Reunidas em fórum especial, desde 2002, a UFMG e outras 13 Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado (Ipes) ampliaram seus investimentos individuais por meio de emendas coletivas, apresentadas no Congresso Nacional pela bancada mineira.

A aproximação com os poderes executivo e legislativo também estimulou a ida de professores da UFMG ao Congresso Nacional, para discutir temas de interesse do Brasil, e a negociação com instituições estatais, como Petrobrás, Chesf e Eletrobrás.

Outras ações relevantes da Copi são o Programa Sempre UFMG, que homenageia ex-alunos destaques da Universidade, e o Perfil UFMG – banco de oportunidades, desenvolvido em parceria com o Laboratório de Computação Científica (LCC), que auxiliará na inserção de estudantes e ex-estudantes no mercado de trabalho.