‘Cidadania e estrangeiros’: mostra de filmes é prévia de simpósio que trata da Antiguidade até os dias atuais
Começa nesta quarta-feira, 2 de outubro, e segue até a sexta, 4, mostra de filmes com o tema Cidadania e estrangeiros, com filmes como Casablanca (1942) e Rocco e seus irmãos (1960). A mostra precede a 11.ª edição do simpósio bienal Lendo, vendo e ouvindo o passado: Cidadania e estrangeiros nas sociedades mediterrâneas da Antiguidade até hoje, agendado para 7 a 11 de outubro.
A mostra é organizada pelos projetos de extensão CiNeam – na área de recepção dos Estudos da Antiguidade no cinema, desenvolvido pela Filosofia/Fafich e Neam/Fale-UFMG – e Filmes para pensar e ser mais, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje). É também parceiro desta vez o projeto Mitologia, história e cinema – uma proposta de extensão unindo ensino e pesquisa na capacitação de professores da educação básica, da área de Filosofia da Fafich/UFMG.
Aberta à comunidade e gratuita, a mostra Cidadania e estrangeiros visa propiciar, além do prazer de (re)ver grandes filmes da sétima arte, uma oportunidade de discutir aspectos do tema do simpósio. Após breves introduções aos filmes e sua exibição, haverá debates dirigidos por membros dos projetos de extensão da UFMG, vinculados à graduação e à pós-graduação. A mostra também proporciona, segundo os organizadores, a chance, cada vez mais rara, de assistir aos filmes no espírito do velho cineclubismo, com debate associado, e para proporcionar a “experiência do cinema” (a expressão é título de uma das obras de um dos maiores teóricos da sétima arte no Brasil, o professor Ismail Xavier). Algumas questões teóricas e pedagógicas relacionadas ao uso de filmes, principalmente em história antiga e filosofia, devem ser parte das atividades. (Sobre o tema, os organizadores recomendam o artigo “Mitologia, história e cinema: um projeto de extensão sobre recepção do mundo greco-romano em curso”, de autoria de Igor Barbosa Cardoso e Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho, publicado em Perspectivas e Diálogos: Revista de História Social e Práticas de Ensino (v. 2, n. 6, 2020). O texto, frisam eles, pode ser de interesse dos que buscam discutir os filmes não apenas quanto a sua autonomia como obra estética, mas, também, como instrumento pedagógico.)
A Mostra será realizada no Auditório Baesse, da Fafich, e os participantes terão direito a certificado de atividade de extensão, com carga horária de três a 15 horas-atividade. Não é necessária inscrição prévia; basta assinar a lista de presença a cada sessão.
Programação
2 de outubro, quarta
11h30 – Era o Hotel Cambridge (Eliane Caffé; 2016, 1h29)
Apresentação: Daniel Felipe Couto Vieira Silva, doutorando em Filosofia na UFMG
17h30 – Crianças invisíveis (All the invisible children) [Mehdi Charef, Emir Kusturica, Spike Lee, Kátia Lund, Jordan Scott, Ridley Scott, Stefano Veneruso, John Woo; 2005, 2h40]
Apresentação: Najla Gaia, mestranda em Filosofia na UFMG e coordenadora da Extensão na Faje
3 de outubro, quinta
11h30 – Casablanca (Michael Curtiz, 1942, 1h42)
Apresentação: Maria Cecilia de M. N. Coelho, departamento de Filosofia
17h30 – Terra estrangeira (Walter Salles e Daniela Thomas, 1996, 1h50)
Apresentação: Clinton Santos, graduando em Filosofia na UFMG
4 de outubro, sexta
11h30 – Rocco e seus irmãos (Rocco e i suoi fratelli, Luchino Visconti; 1960, 2h59)
Apresentação: Caio Assunção, graduando em Filosofia na UFMG
17h30 –Viagem a Citera (Taxidi sta Kythira, Theo Angelopoulos, 1984, 1h25)
Apresentação: Myrto Aloumpi, pesquisa dora em Filosofia (UFMG-Capes/PrInt)
