Evento acadêmico

Seminários da Enfermagem UFMG abordam temas de saúde global

A Escola de Enfermagem da UFMG realiza, em novembro de 2019, quatro encontros com especialistas para promover debates sobre Saúde Global. Nos dias 6, 13, 25 e 27, sempre às 14h, os seminários abordarão esse tema que possui caráter multiprofissional e interdisciplinar, demandando a coordenação de esforços entre diferentes atores da comunidade nacional e internacional, como Estados, Organizações nacionais e Internacionais, Empresas Transnacionais e sociedade civil.

A inscrição é gratuita e pode ser feita até o dia anterior ao evento pelo e-mail cenex@enf.ufmg.br ou pelo telefone (31) 3409-9831.

Os seminários são oferecidos pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMG e integram a disciplina Saúde Global. As palestras serão proferidas por pesquisadores da área e abordarão temáticas sobre Resistência Microbiana, Saúde Única (One Health), Diplomacia em Saúde e Saúde Global e Nutrição e Saúde Global.

Programação

6 de novembro

Sepse e Resistência Microbiana: um Problema Secular. Teremos Futuro?
Local: Auditório Laís Netto, Escola de Enfermagem da UFMG
Palestrante: Carlos Starling (Médico infectologista e coordenador dos Serviços de Epidemiologia e Controle de Infecções Hospitalares dos Hospitais Vera Cruz, Lifecenter, Baleia, Hospital da Mulher e Maternidade Santa Fé e Hospital de Olhos Rui Marinho)
Resumo: A resistência microbiana é uma das mais graves ameaças à saúde global e, por isso, o tema é de alta prioridade para a Organização Mundial da Saúde. O problema é decorrente, dentre outros fatores, da ocorrência de mutações, do uso indiscriminado e inadequado dos antimicrobianos, não só na saúde humana, mas também na saúde animal. No mesmo sentido, a sepse é um problema mortal no país, onde 65% dos casos morrem, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%. O impacto da resistência antimicrobiana e da sepse vai além do aumento dos riscos de saúde e abrange, também, perdas econômicas devido à redução de produtividade causada por doença (nas pessoas e animais) e aos custos mais elevados de tratamentos.

13 de novembro

Saúde Única
Local: Auditório Maria Sinno, Escola de Enfermagem da UFMG
Palestrante: Renato Lima (Professor Titular da Escola de Veterinária da UFMG)
Resumo: A Saúde Única, conhecida internacionalmente como One Health, representa a união indissociável entre a saúde animal, humana e ambiental. É uma abordagem que considera como humanos e animais interagem ecologicamente em um ambiente, onde qualquer alteração nestas relações provocará desequilíbrios e, consequentemente, a propagação de doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a abordagem da Saúde Única exige a participação de múltiplos setores para a definição e implementação de estratégias, programas, políticas, e pesquisas para alcançar melhores resultados para a saúde pública como reduzir os riscos emergenciais e a disseminação de doenças infecciosas.

25 de novembro

Diplomacia em Saúde e Saúde Global
Local: Auditório Maria Sinno, Escola de Enfermagem da UFMG
Palestrante: Paulo Buss (Professor Emérito da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz)
Resumo: Diplomacia em saúde é um campo de conhecimento e prática, cujo objeto é a saúde e as negociações internacionais em torno desta, envolvendo diferentes disciplinas e profissionais de diversas áreas. Esse conjunto de negociações, idealmente produz melhores resultados para a saúde da população de cada país e reforça o compromisso mundial de assegurar a saúde como direito humano e bem público e de diminuir as desigualdades. Um dos objetivos da diplomacia em saúde é promover a saúde universal como um bem comum entre as nações, redefinindo o papel do Estado frente à globalização e à comercialização.

27 de novembro

Nutrição e Saúde Global
Local: Auditório Maria Sinno, Escola de Enfermagem da UFMG
Palestrante: Aline Cristine Souza Lopes (Professora do Departamento de Nutrição na Escola de Enfermagem da UFMG)
Resumo: Sistemas alimentares baseados na produção e consumo de alimentos ultraprocessados prejudicam a segurança alimentar e nutricional, impactam a economia e o meio ambiente, exercem efeitos deletérios no estado nutricional de indivíduos e populações, e prejudicam a saúde do planeta. O panorama atual gera a necessidade de tratar todas as formas de má nutrição em conjunto com as mudanças climáticas, o que caracteriza a sindemia global. Conectar esses fenômenos dá uma dimensão mais clara do tamanho e da urgência do desafio para manter o bem estar humano e ambiental no século XXI.

(Fonte: Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da UFMG)