Ensino

Matemática é um bicho de sete cabeças? Causa pode ser a discalculia

Laboratório da UFMG estuda o fenômeno, que afeta de 3% a 6% das crianças em idade escolar

Os problemas com o aprendizado da matemática, tão comuns entre estudantes, podem ser consequência de um transtorno no neurodesenvolvimento infantil que gera dificuldades em habilidades simples como cálculos de um dígito, leitura de símbolos ou percepção de quantidades. Trata-se da discalculia, transtorno crônico que muitas vezes é confundido com experiências escolares inadequadas, ansiedade matemática ou dificuldades emocionais.

Pais e escolas devem ficar atentos ao fenômeno. “Se a escola apresenta uma queixa de que o desempenho da criança está abaixo do esperado para aquela faixa etária já é indicativo para que a família busque ajuda”, sugere a neuropsicóloga do Laboratório de Neuropsicologia do Desenvolvimento da UFMG Julia Beatriz Silva, em entrevista à TV UFMG. Ela explica que não há cura para a discalculia, mas é possível criar estratégias compensatórias para melhorar o desempenho escolar do aluno.

Ficha técnica: Luciana Julião (produção, reportagem e edição de conteúdo), Antônio Soares e Lucas Tunes (imagens) e Otávio Zonatto (edição de imagens)