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Brasil ocupa o segundo lugar na taxa de desconforto econômico em lista com 38 países

Houve redução de 14% no número de empregadores no país

Dados mostram a recuperação da economia, mas a população ainda sofre com o desemprego e a precarização das condições de trabalho
Dados mostram a recuperação da economia, mas a população ainda sofre com o desemprego e a precarização das condições de trabalho Reprodução / Flickr 

Com desemprego em alta e inflação elevada, o Brasil ocupa, nesta primeira metade de 2021, a segunda posição no ranking de mal-estar, que mede o desconforto econômico da população de 38 países. De acordo com estudo compilado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil alcança 19,83% no índice de mal-estar, perdendo apenas para a Turquia, cujo índice é 26,28%. O indicador, que une a inflação e o desemprego, reflete para a população os impactos de uma situação de crise econômica. No último trimestre, o Brasil atingiu o índice mais alto de mal-estar desde a recessão de 2016, quando chegou a 20,60%. 

O programa Conexões desta quarta-feira, 23, tratou dessa situação de desemprego e desconforto econômico no Brasil.  Em entrevista ao programa Conexões, o professor Mário Rodarte, da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, falou dos fatores que são levados em consideração na determinação do índice de mal-estar. Ele falou ainda sobre como o auxílio emergencial pode impactar na taxa de desconforto econômico. 

“Em 2014, o Brasil chegou à situação de pleno emprego. Não que os problemas estruturais tivessem deixado de existir, mas era uma situação muito boa. E, desde 2015, viemos numa escalada de baixo crescimento, de aumento do desemprego e de precarização da condição de trabalho. Essa situação de pandemia foi muito mal gerida e esse problema se agravou”, explicou. 

Produção: Laura Portugal, sob  orientação de Luiza Glória

Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael