Institucional

Complexo fotovoltaico nos CADs e anexo da FaE serão inaugurados nesta terça

Faculdade de Educação ganha 23 salas de aula, e usinas vão gerar autonomia energética para os três prédios que concentram atividades didáticas

Usina fotovoltaica, como a que que funciona da Escola de Engenharia, pode ser fonte alternativa de energia no campus
Usina fotovoltaica instalada na Escola de Engenharia: UFMG investe em fontes limpas de energiaFoto: Júlia Duarte | UFMG

Nesta terça-feira, 29, a UFMG vai inaugurar o anexo do Bloco B da Faculdade de Educação (FaE) e o conjunto de usinas fotovoltaicas instaladas em seus três Centros de Atividades Didáticas (CADs), no campus Pampulha.

A inauguração do complexo fotovoltaico terá início às 9h30, no CAD 3, com a presença de dirigentes da UFMG, entre os quais a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira. Em seguida, as autoridades se deslocarão para a Faculdade de Educação, onde, às 11h, será inaugurado o Bloco B da FaE.

Anexo da FaE
Iniciada há cerca de 15 anos, a obra de construção do anexo do Bloco B da FaE foi interrompida em razão dos cortes que o governo federal passou a fazer, a partir de 2015, nos repasses de recursos para as instituições federais de ensino superior (Ifes). A obra foi retomada no início de 2021, e o custo de sua segunda etapa – cerca de R$ 5,4 milhões – foi coberto com recursos do Tesouro via Ministério da Educação.

De acordo com a direção da FaE, o anexo tem aproximadamente dois mil metros quadrados, distribuídos em seis pavimentos. Ao todo, são 23 salas de aula, uma sala para defesas de teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso, dez salas para os setores administrativos (copa, depósitos, salas técnicas etc.) e uma para a instalação de um futuro observatório astronômico.

Autossuficiência
A instalação do conjunto de usinas fotovoltaicas da UFMG visa à economia financeira e à autossuficiência energética dos Centros de Atividade Didáticas (CADs), além de representar um investimento da Universidade na geração e no consumo de energia provinda de fontes limpas e sustentáveis. O complexo reúne 1.177 painéis, distribuídos nas três usinas instaladas nos CADs.

As três usinas poderão gerar economia anual de R$ 415 mil para a UFMG, tomando por base a tarifa de energia elétrica em Minas Gerais para o mês de novembro (bandeira tarifária verde). O conjunto de painéis proporciona área de 2.627 metros quadrados de captação solar, o que representa potência instalada de 507 kWp (quilowatt pico).

O engenheiro Felipe Coura, da Pró-reitoria de Administração, explica que a energia solar captada pelos painéis das três usinas tem o potencial de gerar 646,5 MWh/ano. “A energia que será gerada pelas três usinas equivale ao consumo de cerca de 270 residências, considerando o consumo médio residencial, que é de 200 KWh por mês”, ilustra.

O complexo foi custeado com recursos extraorçamentários por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC.

Em breve, carga máxima
As usinas fotovoltaicas instaladas nos telhados dos CADs 1 e 3 da UFMG estão em funcionamento desde junho deste ano. A usina do CAD 2, a maior das três, estará funcionando no primeiro trimestre de 2023. A energia gerada por elas deverá abastecer as próprias unidades, tornando-as autossuficientes.

Além dessa destinação inicial, espera-se que as cargas excedentes sejam usadas para abastecer outras edificações do campus Pampulha – em particular, aquelas que mantêm instalações que não podem ficar nem por um instante sem energia, no caso de uma eventual interrupção no fornecimento pela concessionária.

“Temos a perspectiva de fazer a operação do campus em modo ilhado, ou seja, se faltar energia fornecida pela Cemig, conseguiríamos suprir pelo menos as cargas críticas com a nossa capacidade de geração", explicou o professor Braz Cardoso Filho, do Departamento de Engenharia Elétrica e presidente da Comissão Permanente de Gestão Energética, Hídrica e Ambiental da UFMG, por ocasião da instalação das duas primeiras usinas, em junho.

Ewerton Martins Ribeiro