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Cesta Básica em BH ultrapassa R$500,00

De acordo com a IPEAD UFMG, esse é o maior valor já verificado na capital mineira desde 1994

Cesta básica subiu 100 reais comparado ao mesmo mês do ano passado.
Cesta básica subiu  quase R$100,00 comparado ao mesmo mês do ano passado. Photo by Marisol Benitez on Unsplash

O custo da cesta básica em Belo Horizonte no mês de outubro foi de R$520,79. De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), essa é a primeira vez na história que o valor da cesta ultrapassa o valor de R$500,00 e é o maior valor já verificado na capital mineira desde 1994. No mesmo mês, no ano passado, a cesta básica estava custando cerca de R$100,00 a menos: R$421,21. 

O Conexões recebeu Thaize Martins nesta segunda, 30, para falar sobre a alta no valor da cesta básica. Ela é coordenadora de pesquisa e desenvolvimento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, o IPEAD UFMG.

A cesta básica representa um conjunto de produtos que formam a alimentação básica das famílias. São 13 alimentos que a compõem: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. No mês de outubro, o custo da cesta básica teve uma alta de 6,12%, comparado ao mês de setembro, quando custava cerca de R$490,74. Estamos observando um aumento progressivo, mês a mês, da cesta básica. Isso se deve a diversos fatores. 

“No início da pandemia, com a mudança dos hábitos das famílias, muitas permanecendo em casa em home office, a demanda interna aumentou muito. Muitas pessoas com receio da situação começaram a estocar alimentos. Mas, ao longo dos meses, vieram outros fatores. Como a valorização do dólar, em que muitos produtos de consumo interno passaram a ser exportados pelos produtores. Foi o caso do arroz em julho e setembro. Um terceiro fator são as condições climáticas e de produção dos itens. Cada tipo de alimento tem o seu período de entressafra, um período que é de nova safra, e por isso passa um período de menor disponibilidade no mercado”, afirma a pesquisadora Thaize Martins.

A longo prazo, o valor da cesta pode abaixar. Neste período do ano, de festas de Natal e Ano Novo, há tradicionalmente uma alta na média geral dos preços.  

Ouça a conversa com Luíza Glória

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Produção: Arthur Bugre e Luíza Glória
Publicação: Isadora Oliveira, sob orientação de Luíza Glória