Pesquisa e Inovação

Debate na Ciência Política repercute 'consequências de um golpe velado'

Evento organizado por pós-graduandos da Fafich será realizado nos dias 15, 16 e 17 de maio

Manifestação de estudantes contra a PEC 241 na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em outubro de 2016
Manifestação contra a PEC 241 na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em outubro de 2016 Lula Marques/ AGPT / Fotos Públicas

Pós-graduandos de Ciência Política da UFMG promovem, de 15 a 17 de maio, o debate As consequências de um golpe velado: povos invisibilizados, gênero e mídia. No evento, discentes e lideranças de movimentos sociais e grupos minoritários vão discutir os desdobramentos da crise política brasileira nos últimos anos. 

Golpe e povos invisibilizados: os efeitos do golpe para as populações quilombolas e indígenas é o tema da mesa da terça-feira, 15, que reunirá Jhon Nara Guarani-Kaiowá (liderança Guarani-Kaiowá), Lilian Gomes (pós-doutora em Ciência Política) e Leonardo Barros (doutorando em Ciência Política). O debate do dia seguinte, 16, abordará Golpe e gênero: a perspectiva de mulheres e populações LGBTIQA e contará com a participação dos doutorandos em Ciência Política Johanna Monagreda, Larissa Peixoto Gomes e Thiago Coacci. 

Na quinta-feira, 17, o evento será encerrado com a mesa Golpe e mídia: a articulação do golpe nas mídias sociais e tradicionais, que contará com a participação de Maria Alice Silveira (doutoranda em Ciência Política), Eliara Santana (doutoranda em Linguística e Língua Portuguesa), Lucas Sharif (jornalista da Mídia Ninja) e Márcia Cruz (doutora em Ciência Política e jornalista).

"Os debates não vão se prender à discussão se foi golpe ou não", antecipa a doutoranda Larissa Peixoto, uma das organizados do evento. "Vemos o golpe como a ponta do iceberg da fragilidade institucional que se instalou no Brasil e vamos discutir suas consequências para as políticas públicas que estão sendo atacadas com ações como a PEC dos gastos públicos, a reforma trabalhista, o movimento Escola sem Partido. Queremos abrir a universidade para pessoas de fora da academia, por isso convidamos lideranças de minorias e todos os interessados para participar da discussão", afirma Larissa.

Os debates ocorrerão sempre às 17h, na Fafich (auditórios Professor Baesse, nos dias 15 e 17, e Professor Luiz Bicalho, no dia 16), e são abertos ao público, sem necessidade de inscrição prévia.  Página criada no Facebook reúne mais informações sobre o evento.