Criado em julho de 1895, o Arquivo Público Mineiro (APM) é a instituição mais antiga da área cultural do estado. Essa superintendência da Secretaria de Estado de Cultura é responsável por desenvolver políticas públicas de tratamento e difusão dos acervos documentais de Minas Gerais, considerados de valor permanente, e documentos privados de interesse público e social.

Para analisar a trajetória desse arquivo, os professores da área de Arquivologia da Escola de Ciência da Informação (ECI) organizam a partir de terça-feira, 29 de abril, às 19h, a série especial Arquivo, público e mineiro: reflexões nos 130 anos do APM. A atividade terá lugar no auditório Adriana Bogliolo, na sala 1000 da ECI, com transmissão on-line pelo canal de YouTube (essa opção não fornece certificados). As inscrições devem ser feitas por meio de formulário eletrônico.

Eentre os aspectos analisados na série, estarão a importância da instituição para o fomento à pesquisa, a garantia de direitos dos cidadãos e a eficiência da administração pública. No primeiro evento, os convidados são os ex-diretores do APM Vilma Moreira dos Santos, professora aposentada da ECI, e Renato Venâncio, professor efetivo da ECI. Na ocasião, eles irão discutir suas experiências e desafios na Gestão de instituições arquivísticas.

Os eventos serão ofertados nos dias das atividades complementares noturnas, promovidas pela Pró-reitoria de Graduação. As discussões reúnem discentes, técnicos, o público externo e professores interessados nas temáticas. A série vai até novembro, reunindo professores e egressos que já desenvolveram atividades de pesquisa e gestão no APM.

Ciclo de palestras
Em 2015, o Colegiado de Arquivologia, sob a coordenação da professora Ivana Parrela (ECI), criou o ciclo de palestras Arquivologia: práticas e pesquisas, um projeto de extensão para organizar eventos que oferecessem atividades complementares noturnas sobre a área. 

Os eventos, suspensos durante a pandemia de covid-19, serão retomados em linha com as discussões do projeto de pesquisa Valoração econômica e desenvolvimento tecnológico no Arquivo Público Mineiro, patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) via edital de Demanda Universal.

O projeto é coordenado pela professora Márcia Almada, da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG, e desenvolvido em parceria com professores e discentes da EBA, da ECI, profissionais do APM e de outras instituições nacionais e estrangeiras. 

De acordo com o texto de divulgação, “a pesquisa parte do pressuposto de que há uma compreensão insuficiente a respeito da importância das instituições arquivísticas para o desenvolvimento econômico e tecnológico de uma determinada comunidade, com reflexos na alocação dos recursos financeiros pelo poder público e no reconhecimento do seu valor e utilidade pela sociedade".