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Dia Nacional dos Surdos: professora de Libras da UFMG participa do Conexões, ao vivo, do estúdio

Entrevista foi realizada em Português e Libras, transmitida ao vivo em 104,5 FM e pelas redes sociais

Em 26 de setembro comemoramos o Dia Nacional dos Surdos. A data, instituída em 2008, foi escolhida por ter marcado a fundação da primeira escola para esse público, o Instituto Nacional de Educação de Surdos, em 1857, onde se deu o surgimento da Libras, a Língua Brasileira de Sinais. 

Apesar dos mais de 160 de história, a educação de surdos no Brasil ainda enfrenta desafios. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem cerca de 10 milhões de pessoas surdas. Dados do Instituto Locomotiva e da Semana da Acessibilidade Surda em 2019, mostram que 32% delas não têm nenhum grau de formação educacional. Aqueles que frequentaram apenas o ensino fundamental são 46% e os que completaram o ensino médio, 15%. Somente cerca de 7% dos surdos brasileiros têm ensino superior completo. Um dos desafios que precisam ser superados para garantir uma maior inclusão em nível escolar e acadêmico é o baixo alcance da Libras. A Lei que reconhece a língua no país completou 20 anos em 2022, mas segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, seu uso não é amplo entre a população brasileira, de forma geral. 

A professora Michelle Murta sinaliza UFMG, em Libras
A professora Michelle Murta sinaliza UFMG, em Libras Arquivo Pessoal

Neste Dia Nacional dos Surdos, Michelle Murta, professora de Libras da Faculdade de Letras da UFMG, conversou com a apresentadora Luiza Glória no programa Conexões. A pesquisadora é a primeira pessoa surda a defender um doutorado pela UFMG e falou sobre a Libras, educação e sociedade, apontando também o valor do Dia Nacional dos Surdos. “Essa comemoração é muito importante para nos auxiliar a ter uma consciência sobre o surdo, sobre o significado dessa luta, da história da comunidade surda. O surdo antes sofria muito com muitas barreiras até começar a ser incluído na sociedade. Então, a gente tem um mês especial para nós”.

A professora Michelle Murta destacou também a importância de difundir a Língua Brasileira de Sinais na sociedade como um todo, pois o dia a dia da pessoa surda é muito estressante nas atividades mais simples, como um atendimento médico ou uma ida ao supermercado.

A entrevista com a Professora Michelle Murta foi realizada ao vivo em Português, em 104,5 FM, e também em Libras, transmitida pelo Instagram da Rádio UFMG Educativa, com o auxílio da intérprete Débora Assunção, do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UFMG (NAI).


Produção: Rádio UFMG Educativa - Alessandra Dantas, Breno Rodrigues, Guilherme Thomaz, Luíza Glória

Apoio técnico: Cláudio Zazá

Intérprete: NAI UFMG - Débora Assunção 

Imagens: TV UFMG -  Ravik Gomes e Lucas Tunes com apoio de Olivia Resende

Apoio Cedecom: Adilson Ferreira

Redes Sociais UFMG: Bia Campos e Luciana Julião