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Em ato, comunidade da UFMG reivindica a volta do MCTI

Gramado da Reitoria da UFMG
Gramado da Reitoria da UFMG Paulo Borges / Facebook UFMG

A comunidade acadêmica se reúne hoje, no gramado da Reitoria, a partir do meio-dia, em ato de protesto contra a fusão dos antigos ministérios das Comunicações e de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

O evento reunirá pesquisadores da UFMG e representantes dos professores, servidores técnico-administrativos e estudantes. Estão confirmados como oradores os professores Eduardo Fleury Mortimer, da Faculdade de Educação, Israel Vainsencher, do Instituto de Ciências Exatas (ICEx), e Eli Iola Andrade, da Faculdade de Medicina.

De acordo com o professor Sebastião de Pádua, do ICEx, um dos organizadores do protesto, a iniciativa foi motivada pelo sucesso do movimento que levou o governo a retroceder da decisão de unir cultura e educação em um mesmo ministério e pelo posicionamento contrário à fusão de entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).

“Nas últimas duas décadas, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação teve atuação importante no estímulo à produção científica e tem contado com gestão de pesquisadores”, afirma Sebastião de Pádua. “Juntar as áreas em um mesmo ministério passa a mensagem de que a ciência é menos relevante e tende a provocar redução de financiamentos."

Conselho Universitário: fusão é retrocesso

Na noite desta segunda-feira, dia 6, o Conselho Universitário divulgou nota à comunidade na qual qualifica de "grave retrocesso" a fusão dos dois ministérios. Na avaliação dos integrantes da instância máxima de deliberação da UFMG, a atuação do Ministério nas últimas três décadas foi decisiva para a consolidação de um sistema nacional de ciência e tecnologia e estimulou os estados da federação a estruturar suas respectivas secretarias de C&T e agências de fomento.