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Eneida Maria de Souza faz conferência na AML sobre fenomenologia da obra literária

Evento comemora 50 anos do lançamento da obra de Maria Luiza Ramos, referência no âmbito da teoria literária brasileira

Eneida Maria de Souza, professora emérita da Faculdade de Letras
Eneida Maria de Souza é professora emérita da Faculdade de Letras Foto: Foca Lisboa / UFMG

Nesta sexta-feira, dia 30, às 19h30, Eneida Maria de Souza,  professora emérita da Faculdade de Letras (Fale),  ministra, na Academia Mineira de Letras, uma palestra sobre o livro Fenomenologia da obra literária, da também professora emérita da Fale Maria Luiza Ramos, falecida em 2015.

No evento, Eneida promoverá reflexão sobre a importância da obra de Marilu, como a professora era conhecida, para os estudos de crítica literária no Brasil e abordará a importância da UFMG para o avanço da crítica brasileira. “A publicação desse livro, em 1969, representou um traço divisor na produção de teoria da literatura no Brasil. O livro foi adotado em todas as faculdades de letras do país", ressalta Eneida.

“Marilu introduziu uma perspectiva interdisciplinar no pensamento teórico literário brasileiro, trabalhando com música popular e artes plásticas”, exemplifica Eneida. “Ela tinha uma visão ampliada [da teoria literária]. A psicanálise, por exemplo, vai entrar como um elemento muito forte em sua trajetória” diz.

A palestra ocorre no âmbito da Universidade Livre – Plano Anual de Manutenção AML, programa realizado pela Academia Mineira de Letras  em parceria com o Instituto Unimed-BH e copatrocínio da CEMIG.

Meio século de teoria
Neste ano, comemora-se meio século da primeira edição de Fenomenologia da obra literária, obra que é considerada “um clássico no que diz respeito à teoria literária”, como escreveu o escritor Luiz Horácio no jornal Rascunho, quando do lançamento da quarta edição do livro, em 2011, pela Editora UFMG. No texto, Luiz Horácio lembra que, para a quarta edição, a obra foi completamente revista por Maria Luiza Ramos.

De fato, enquanto nas primeiras edições a autora abordava a fenomenologia sobretudo com base na teoria de Roman Ingarden, na quarta ela passou a se valer mais fortemente do postulado de Martin Heidegger. “Heidegger influenciou muito o pós-estruturalismo. Muita gente bebeu nessa fonte”, diz Eneida, lembrando nomes como o do filósofo Jacques Derrida. “Nessa quarta edição, ela acrescenta novos tópicos, ampliando essa abordagem baseada em Heidegger.”

Conferência: 50 anos do livro Fenomenologia da Obra Literária, de Maria Luiza Ramos
Data: 30/08/19, às 19h30
Local: Academia Mineira de Letras
Entrada gratuita