A maneira como a saúde mental de estudantes brasileiros da pós-graduação stricto sensu é afetada pelo perfeccionismo é analisada na pesquisa desenvolvida por Marina Luiza Nunes Diniz, integrante do Programa de Pós-graduação em Psicologia: Cognição e Comportamento, da UFMG. O estudo tem como base um formulário on-line, por meio do qual se tentará identificar como e por que esse grupo específico da sociedade é mais atingido por esse traço da personalidade.

A pesquisa teve início no começo de 2019 e partiu de um cenário de crise de saúde mental na pós-graduação e da forte associação entre altos níveis de perfeccionismo e adoecimento mental. “A pós é um ambiente em que os alunos são muito cobrados, e o desempenho, muito valorizado. Uma pessoa perfeccionista é aquela que tem altos padrões de desempenho e é muito crítica consigo mesma, especialmente quando não alcança o objetivo idealizado. No âmbito da pós-graduação, essa característica contribui para aumentar ainda mais os níveis de ansiedade e depressão e também é associada à procrastinação e à piora na qualidade de vida”, explica Marina Nunes.

Devolução
O questionário pretende avaliar o perfeccionismo, a personalidade, características sociodemográficas e algumas outras variáveis psicológicas. Para participar, é necessário acessar este link e responder às perguntas. O preenchimento demora cerca de 20 minutos. Ao final, é possível receber uma devolutiva sobre o próprio nível de perfeccionismo. Esse retorno é de caráter informativo, sem finalidade diagnóstica.

A pesquisa integra o projeto Perfeccionismo: avaliação e evidências de sua relação com a personalidade e saúde mental em diferentes amostras da população, conduzido por Marcela Mansur-Alves, subcoordenadora do Programa de Pós-graduação em Psicologia: Cognição e Comportamento e uma das docentes responsáveis pelo Laboratório de Avaliação e Intervenção na Saúde (Lavis) da UFMG.

O questionário pode ser preenchido até a próxima semana. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail marinalnunes.psi@gmail.com.