Novas práticas motivam solidariedade e colaboração no ensino
Professores da UFMG e da Unicamp abordaram o tema em novo fórum do Programa Integração Docente
![Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG Fabiane Ferreira (ao centro), Cristina Alvim e o tradutor de Libras: programa de acolhimento](https://ufmg.br/thumbor/DnC_7u0yyiftvO3rs8PFjjdADJw=/37x0:836x534/712x474/https://ufmg.br/storage/7/7/f/e/77fef4b88feb7579e29b24c8b1238887_16160745970943_290543911.png)
As necessidades criadas pela situação de pandemia, como a opção do ensino remoto emergencial, têm motivado transformações importantes, entre as quais a intensificação do sentido de solidariedade. Professores e estudantes protagonizam um forte movimento de compartilhamento de conhecimentos, materiais e experiências. "Todas as ações colaborativas têm sido cruciais, e espero que isso seja realmente um dos bons legados de toda essa tragédia da pandemia", afirmou ontem (quarta, 17) a professora Shirlei Sales, da Faculdade de Educação (FaE), durante fórum realizado pelo Programa Integração Docente.
O evento, que fica disponível no canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) no YouTube, reuniu, além de Shirlei Sales, a pró-reitora de Graduação da UFMG, Benigna de Oliveira, o vice-diretor da Escola de Engenharia, Luiz Machado, a professora Fabiane Ribeiro Ferreira, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), e a pró-reitora de Graduação da Unicamp, Eliane Amaral. A mediação foi da professora Cristina Alvim, que coordena o Comitê de Enfrentamento da Covid-19 na UFMG.
![Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG Shirlei Sales:](https://ufmg.br/thumbor/vFltINHP3t9HYDBk_Rj2D7fe5iU=/96x0:611x344/712x474/https://ufmg.br/storage/2/9/b/a/29ba295fb301fa9076ac4cd58b2bf0f8_16160752021495_1559950087.png)
Fabiane Ribeiro e Shirlei Sales apresentaram iniciativas desenvolvidas com a participação ativa de suas turmas – algumas são inéditas, outras foram aprimoradas para adequação ao novo contexto de distanciamento. Elas abordaram projetos como o Aprimoramento em Docência para o Ensino Superior (Ades Fit), e o Ades Jr. (para discentes), ambos da EEFFTO, que ganharam versões virtuais, e o programa de Acolhimento, da FaE, destinado aos alunos de 4º período da graduação em Pedagogia. “Essa pandemia tem sido um catalisador de transformações, e talvez muitas delas estejam acontecendo dentro do contexto da educação”, avaliou Fabiane.
![Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG Luiz Machado:](https://ufmg.br/thumbor/0SD_BVYSojcNDmAlgtidDlmv3ac=/75x0:597x349/712x474/https://ufmg.br/storage/d/2/d/5/d2d569219cc5459ba0ddece3e6a0fb38_16160750746618_1116449867.png)
Luiz Machado destacou que tem percebido aumento do protagonismo dos estudantes. Isso teria relação, segundo ele, com a mudança na forma de avaliação – as provas passaram a ter peso menor, e mais tarefas passaram a ser propostas para os discentes, o que gerou mais participação. O vice-diretor da Engenharia contou dos esforços e do entusiasmo dos docentes para a elaboração das aulas e afirmou que houve poucos problemas na relação professor-aluno. Sobre o ensino, disse não ter dúvida de que deve ser presencial: “Nada como olho no olho, escola tem que ter gente.”
"Poucos de nós não passamos por situações de sofrimento e de momentos de desesperança durante a pandemia, mas a gente tem visto aqui, nas nossas universidades, que temos sido fortes, trabalhado com muita seriedade, buscando dentro de nós a energia e a coragem para seguir neste momento", disse Benigna Oliveira, que manifestou solidariedade a todos aqueles que perderam pessoas queridas para a covid-19.
![Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG Eliane Amaral:](https://ufmg.br/thumbor/AlmpRwMrDupjDL_exM2KanacJTc=/72x0:585x343/712x474/https://ufmg.br/storage/5/1/0/6/51067cd63ad8f2ac5dc639d525b57153_16160749221185_472909155.png)
No encerramento do encontro, Eliane Amaral, que é professora de obstetrícia da Unicamp, abordou as ações de formação docente na instituição de Campinas e o trabalho de alteração e gestão de currículos realizado pela Pró-reitoria de Graduação. Seu relato incluiu os eventos para acolhimento de docentes e apoio aos estudantes e a organização dos discentes para a adaptação ao novo cenário – foi preciso, por exemplo, preparar as moradias para o cumprimento dos protocolos de segurança. Ao abordar o esforço de acompanhamento do ensino no modo remoto e das opções da Unicamp quanto às avaliações, Eliane Amaral afirmou que “a passagem para o ensino remoto não foi perfeita, mas nem sempre o próprio ensino presencial funciona de forma perfeita”.