INCT em neurotecnologia lança segunda edição de cartilhas sobre TDAH
Material alerta para a importância do conhecimento no cuidado dos pacientes
![Foto: Pixabay Uma das cartilhas trata do TDAH na escola](https://ufmg.br/thumbor/6-MewmgK_iuw12GMQSEcO_wc-fc=/0x0:960x480/960x480/https://ufmg.br/storage/0/e/8/0/0e80a14179a04e833d63374d0e9d6ae2_17030946147687_1218552168.jpg)
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neurotecnologia Responsável (INCT NeuroTec-R) lançou, nesta quarta, dia 20, a segunda edição das cartilhas Conhecendo melhor o TDAH e TDAH na escola. Com linguagem acessível e objetiva, os guias ilustrados foram produzidos por uma equipe multidisciplinar, especializada tanto no tratamento do transtorno quanto em diferentes áreas da comunicação. O material está disponível, gratuitamente, no perfil do INCT no Instagram.
De acordo com a subcoordenadora do Instituto, a professora Débora Marques, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) atinge 5,3% da população mundial. Ela explica que crianças com esse transtorno têm dificuldade de executar tarefas comuns do dia a dia e, por isso, "podem ser interpretadas como malcriadas, desinteressadas ou até pouco inteligentes". Ambientes desfavoráveis, segundo a professora, podem agravar os sintomas. “É comum que essas crianças sofram acidentes e fraturas”, acrescenta.
![Imagem: Reprodução O material inclui orientações dirigidas especialmente aos pais](https://ufmg.br/thumbor/-0iO1pZj6geLm4z-oHDNq_Q3NjM=/0x0:484x678/484x678/https://ufmg.br/storage/6/8/1/b/681b0ee336d54ebaccd2ea37a306e6af_1703094789363_548604297.jpeg)
O diagnóstico de TDAH não é simples, segundo Débora Marques, e deve ser feito por um médico, com base em exames clínicos e neuropsicológicos. "Crianças agitadas e que se acidentam nem sempre têm TDAH", alerta.
O tratamento consiste em acompanhamento comportamental e medicamentoso, além de ajuste comportamental. "Se não tratado, o distúrbio pode evoluir para problemas que levem a grande prejuízo funcional, por toda a vida da pessoa. Um dos mais frequentes é o Transtorno Opositor Desafiador (TOD), em que o paciente tem problemas com a autoridade dos pais, da escola e da sociedade", informa a professora.
A primeira edição das cartilhas foi lançada em 2014, pelo INCT Medicina Molecular, que depois se tornou o INCT NeuroTec-R.