Arte e Cultura

Monólogo sobre a vida de Carolina Maria de Jesus é atração do Circuito Cultural nesta semana

'Eu amarelo', com a atriz Cyda Moreno, integra a programação da segunda edição do Festival de Teatro Negro da UFMG

A atriz Cyda Moreno interpreta Maria Carolina de Jesus no monólogo
A atriz Cyda Moreno interpreta Maria Carolina de Jesus no monólogo Divulgação

A peça Eu amarelo: Carolina Maria de Jesus, baseada no livro Quarto de despejo, da catadora de lixo que se tornou um fenômeno editorial na década de 1960 e foi traduzida para 13 idiomas, é a atração desta semana do Circuito Cultural UFMG. O monólogo de Cyda Moreno será apresentado nesta quarta-feira, 24, às 12h30, no âmbito do projeto Quarta Doze e Trinta, e na quinta-feira, 25, às 17h30, no Ao Cair da Tarde. As duas sessões serão realizadas no auditório da Reitoria, com entrada gratuita.

Com direção de Isaac Bernat e dramaturgia de Elissandro de Aquino, o espetáculo apresenta um retrato contundente de Carolina Maria de Jesus e evidencia as inquietudes sociais e as experiências emocionais vividas por ela, cujo legado inspirou autoras como Conceição Evaristo e Elisa Lucinda. O texto destaca três momentos cruciais na trajetória de Carolina: sua vida na favela, descrita em seus diários, a ascensão literária e o seu esquecimento pela sociedade.   

A promoção é da Pró-reitoria de Cultura da UFMG (Procult), em parceria com o 2º Festival de Teatro Negro da UFMG, organizado pelo Teatro Universitário (TU).

Sobre a atriz
Cyda Moreno é atriz desde 1983, mestre em ensino de artes cênicas e produtora cultural. Trabalhou com renomados diretores teatrais, como Antunes Filho (Macunaíma e Xica da Silva), Ulysses Cruz, Renato Borghi, Yara de Novaes, André Paes Leme, Maurício Abud, Antônio Pedro, Edio Nunes e Vilma Melo. Fez vários trabalhos no teatro, cinema e na televisão, entre os quais Cabaré Dulcina (RJ), A serpente (SP), A padroeira, Mulher, Mr. Brown, O sítio do pau amarelo, Malhação, Uma onda no ar e Navalha na carne. Foi uma das fundadoras da Cia. Black & Amp, Preto Produções Artísticas, em 1993, no Rio de Janeiro – com o grupo, produziu e atuou nos espetáculos Dorotéia, As criadas, A botija de ouro e O cheiro da feijoada.

Sobre o diretor
Isaac Bernat  é ator, diretor e professor de teatro. Doutor em Teatro pela UniRio, produziu tese sobre o contador de histórias africano Sotigui Kouyaté, ator do grupo de Peter Brook. A tese deu origem ao livro Encontros com o griot Sotigui Kouyaté. Durante dois anos, Bernat esteve em cartaz pelo Brasil com a peça Incêndios, do autor libanês Wajdi Mouawad, pela qual ganhou o Prêmio Botequim Cultural de Melhor Ator, e também como ator, na peça Agosto.

Equipe técnica
Atriz: Cyda Moreno
Dramaturgia: Elissandro de Aquino
Direção: Isaac Bernat
Assistentes de direção: Bebel Ribeiro e Camila Monteiro
Direção de movimento: Cátia Costa
Cenário: Sergio Marimba
Figurino: Margo Margot
Costureira: Ana Maria Bergone
Iluminação: Aurélio de Simoni
Trilha sonora: Isaac Bernat
Preparação vocal: Jorge Maya
Operação de luz: Rafael Turatti
Operação de som: Bebel Ribeiro e Camila Monteiro
Fotografia: Edu Monteiro, Lua Mello, Walmyr Ferreira e Alvaro Rivera
Assistente de fotografia: Neto Oliveira
Assessoria de imprensa: Claudia Tisato
Design: Claudio Partes
Produção: Viramundo