Pesquisa e Inovação

Pesquisadores apresentam novidades no cultivo de frutas e peixes

'UFMG Talks em casa' recebeu os professores Silvia Nietsche, do ICA, e Henrique Figueiredo, da Veterinária; vídeo está no YouTube

UFMG Talks em casa discutiu o futuro da alimentação com a professora Silvia Nietsche e o professor Henrique Figueiredo.
Silvia Nietsche (à direita) e Henrique Figueiredo debateram com mediação da jornalista Olívia ResendeReprodução YouTube

A alimentação é um dos grandes desafios globais, agravado pela pandemia de covid-19. O relatório da ONU sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2020 mostra que os impactos socioeconômicos e de saúde durante a pandemia deterioraram ainda mais a segurança alimentar e o estado nutricional das populações mais vulneráveis.

Essa situação e a demanda mundial desafiam cientistas a desenvolver novas tecnologias para impulsionar a produção alimentícia. Na última edição do ‘UFMG talks’ (quinta-feira, 9), professores da Universidade discutiram novas técnicas de cultivo de frutas e animais aquáticos e soluções para a produção sustentável.

Vinculada ao Instituto de Ciências Agrárias, Silvia Nietsche atua na área de melhoramento de fruteiras, manejo de polinização, marcadores moleculares e microrganismos promotores do crescimento de plantas. Ela abordou as principais tendências na fruticultura e as contribuições da UFMG nesse campo: produção de frutas sem semente, com mais polpa; criação de plantas novas, como a pinheira de casca roxa e a pinheira de casca verde; produção popular e saudável da banana, entre outras frutas; produção mais tecnológica e segura, incluindo o amadurecimento e a distribuição das frutas.

“O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas no mundo. Nossa produção é de mais de 40 milhões de toneladas. Então, a fruticultura é uma área muito importante. Gera impacto econômico e social significativo. A fruticultura demanda mão de obra familiar, o que a torna um segmento com grande potencial de crescimento. Em uma década, podemos nos tornar um dos maiores produtores mundiais”, disse a pesquisadora.

Quarto produtor global
Henrique Figueiredo, professor do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da Escola de Veterinária, se dedica à pesquisa na área de sanidade dos peixes, com ênfase na biossegurança dos sistemas de cultivo de tilápia e no desenvolvimento de vacinas para esses animais. "O Brasil, como grande ator do agronegócio global, já alcançou o quarto lugar da produção de tilápia no mundo. A tendência para os próximos anos é aumentar a produção, não apenas para consumo interno, mas também para exportação”, explicou.

Para atender a essa demanda crescente, surgem desafios tecnológicos: melhoramento genético das espécies, produção de ração de melhor qualidade, sistemas de produção mais sustentáveis e cuidado com a saúde dos peixes durante seu cultivo. É aí que entram estudos como os realizados na UFMG sobre a prevenção de doenças nos animais, por meio da vacinação.

Assista ao programa, disponível no canal da TV UFMG no YouTube.

Luiza Lages