A poeta Maria Lúcia Alvim nasceu em Araxá, Minas Gerais, no ano de 1932, irmã do meio de outros dois nomes da poesia contemporânea brasileira: Francisco Alvim e Maria Ângela Alvim. De 1959 e 1980, a autora publicou cinco livros de poemas: 20 Sonetos (1959), Coração incólume (1968), Pose (1968), Romanceiro de Dona Beja (1979) e A rosa malvada (1980). Desde então, seu nome, embora ainda circule bastante na academia, tem sumido das estantes. 

Escrita em 1982, uma das obras de Maria Lúcia Alvim foi engavetada por mais de três décadas, sendo descoberta recentemente pelos poetas Guilherme Gontijo Flores e Ricardo Domeneck. O livro Batendo Pasto, lançado em 2020 pela editora Relicário, quebra um silêncio de quase 40 anos na obra da autora e tem o objetivo de trazer a obra da escritora de volta às estantes. 

Maria Lúcia Alvim morreu no mês passado, aos 88 anos, por complicações da covid-19, em Juiz de Fora, onde vivia desde 2011, mas o poeta Ricardo Domeneck, responsável pela digitação do manuscrito, planeja seguir lutando por dar visibilidade à autora. Nesta quarta-feira, 17, ele conversou com o programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, sobre esse projeto e sobre o livro de Maria Lúcia Alvim lançado no ano passado.