Institucional

Presidente da AUGM, Sandra Goulart Almeida coordenou celebrações dos 30 anos da entidade

Na ocasião, a reitora da UFMG reiterou convicções como a de que a educação superior deve combinar qualidade, relevância e compromisso social

Dirigentes das universidades do Grupo Montevidéu se reuniram na capital do Uruguai; Sandra Goulart (de rosa, na fila da frente) representa a UFMG na presidência da entidade
Dirigentes das universidades do Grupo Montevidéu se reuniram na capital do Uruguai; Sandra Goulart (de rosa, na fila da frente) preside a entidade Divulgação | AUGM

Uma série de atividades marcou, na última semana, as celebrações dos 30 anos de criação da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM), que reúne 41 instituições públicas da região. O evento foi realizado em Montevidéu, Uruguai. A reitora Sandra Regina Goulart Almeida é a atual presidente da entidade.

Houve reuniões de trabalho de comissões e organismos do Grupo, sessão do Conselho Extraordinário de Reitores – quando foi tirada posição da AUGM para a Conferência Mundial de Educação Superior (CMES), marcada para meados deste ano, em Barcelona (Espanha) – e o seminário comemorativo dos 30 anos, com o tema Desafios de la educación superior en América Latina.

Nesse último encontro, Sandra Goulart Almeida destacou a importância de pensar o futuro da educação superior, que está estreitamente vinculado ao futuro das nações. “Um projeto de educação superior é um projeto de futuro, que deve combinar aspectos como qualidade, relevância e compromisso social”, disse a reitora da UFMG. “A universidade deve ser tratada como um direito para todos e para toda a vida", acrescentou.

Sandra defendeu, como projeto de Estado, o financiamento contínuo e sustentável da educação, ciência e tecnologia, assim como da saúde e da cultura. Para ela, mais que para o mundo do trabalho, as universidades devem “formar pessoas para a atuação cidadã, com consciência crítica, o que significa formar para a democracia”.

A reitora ressaltou a relevância das atividades de extensão, articuladas com o ensino e a pesquisa, e o valor da integração das humanidades a todas as áreas do conhecimento, “fundamental para a formação plena”.

Parcelas da população que historicamente não tiveram oportunidade de frequentar as universidades devem ser incluídas, segundo Sandra Goulart, o que implica não apenas viabilizar o ingresso no ensino superior, mas também garantir a permanência dos estudantes nas melhores condições. Por fim, a reitora da UFMG salientou que, assim como tem ocorrido no enfrentamento da pandemia de covid-19, as universidades devem manter-se atentas a seu “papel primordial de atender às demandas da sociedade, que precisa saber que sempre poderá contar conosco”.

Vocações compartilhadas
A Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM) reúne instituições de Brasil, Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai que compartilham vocações e características que possibilitam desenvolver atividades de cooperação com perspectivas concretas de viabilidade.

Criada em 1991, a AUGM pauta sua atuação no objetivo de contribuir para a consolidação de massa crítica de alto nível, para a transferência tecnológica em áreas estratégicas, para o desenvolvimento das populações da sub-região e para a difusão dos conhecimentos capazes de beneficiar a sociedade.