Professora da UFMG fala sobre epilepsia
26 de março é dedicado à conscientização sobre a doença
Hoje, 26 de março, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia. Em entrevista à TV UFMG, a professora Juliana Tavares, do Departamento de Fisiologia e Biofísica da UFMG, aborda a doença, a melhor forma de lidar com ela e sobre as ações da UFMG no esforço de dar visibilidade ao tema.
A professora Juliana Carvalho Tavares define a epilepsia como uma alteração neurológica caracterizada por descargas elétricas excessivas, em um grupo de células cerebrais, sendo que diferentes partes do cérebro podem ser atingidos. Segundo ela, a doença é marcada por crises não provocadas, que são ocorrentes. A crise pode ser comparada a uma crise elétrica que ocorre no cérebro, onde um turbilhão de neurônios, em uma determinada região, é ativado e geram uma confusão mental no indivíduo. Elas podem se manifestar em qualquer pessoa, independente de sua faixa etária por meio de convulsões que variam entre breves lapsos de atenção e contrações musculares até episódios longos e severos.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 50 milhões de pessoas em todo mundo sofrem com a doença, sendo que 3 milhões são brasileiras. Com o passar dos anos, vários mitos e estigmas foram vinculados à epilepsia, fazendo com que vários portadores e familiares sofram com o preconceito. Neste sentido, o Grupo de Ações Relacionadas à Epilepsia (Agere) da UFMG, procura explicar, conscientizar, ajudar e afastar mitos a respeito da doença. Juliana Tavares, que é coordenadora, conta que o grupo promove várias atividades de educação. Atualmente o programa conta com uma equipe de 10 alunos de vários cursos (não só da UFMG como de outras instituições), e fazem reuniões quinzenais sobre o assunto.
No ultimo domingo, 24/03, o grupo Agere promoveu na Praça JK, o “Purple Day” em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização sobre Epilepsia. Neste evento, o grupo, juntamente com outras entidades parceiras de Belo Horizonte, busca informar a população a cerca da doença e seus riscos, por meio de panfletos informativos sobre a doença, além de palestras e uma peça teatral que tratava do tema.
Entrevistada: Juliana Tavares – professora do Departamento de Fisiologia e Biofísica ICB UFMG
Equipe de produção do vídeo: Frederico Gandra (produção e reportagem), Cássio de Jesus (imagens), edição de imagens (Kennedy Sena), edição de conteúdo (Pablo Nogueira).