Professores da UFMG relatam iniciativas para internacionalizar a pós-graduação
Na tarde da última sexta-feira, 10, foi realizada a mesa-redonda que encerrou o 4º Seminário de Internacionalização, evento que discutiu as relações entre instituições de países do bloco Brics e da América Latina. A mesa Programas em rede: relatos de iniciativas contou com a mediação do professor Rômulo Monte Alto e com a participação dos professores Daisy Cunha e Nilo Nascimento.
![Foca Lisboa / UFMG Nilo Nascimento, Rômulo Monte Alto e Daisy Cunha](https://ufmg.br/thumbor/UO_x3jOgCdgtUyemLZI6KY7N9aQ=/212x0:2930x1814/712x474/https://ufmg.br/storage/4/b/9/f/4b9f60b04fc988b94da17c7b61af5ab7_1465847811364_1762487237.jpg)
A professora Daisy Cunha, vinculada ao Doutorado Latino-americano em Educação, discorreu sobre as dificuldades de se manter um programa de abrangência internacional. Ela citou a diferença entre oferta e demanda de vagas, infraestrutura para vistos nos países de origem, moradia e acolhimento estudantil e falta de financiamento e de bolsas. “Para que o programa seja enraizado nas instituições, com credibilidade e eficácia no uso dos recursos, é preciso estabelecer laços entre elas”, defendeu.
Na sequência, o professor Nilo de Oliveira Nascimento, da Escola de Engenharia, falou da necessidade de preparar e envolver todos os setores das instituições para garantir, em longo prazo, a continuidade e o caráter inovador de programas desenvolvidos em perspectiva multilateral. “Nossas carreiras ainda são pouco atrativas e, para garantir que programas funcionem bem, é preciso que o servidor técnico administrativo também se integre na iniciativa de internacionalização", argumentou o professor.
Especialista na área de saneamento, Nilo lidera um dos três programas de pós-graduação da UFMG aprovados em edital da Capes para integrar a Universidade em Rede do Brics. Seu grupo desenvolverá pesquisas para reduzir e otimizar o consumo de água nos países do bloco.
Novos formatos
Segundo o diretor de Relações Internacionais Fábio Alves, os desafios da internacionalização devem ser encarados não como impeditivos, mas como possibilidades de criação de novos mecanismos. “O que está sendo colocado aqui é que precisamos de novos formatos que tornem os programas de pós-graduação mais interessantes, para que possamos avançar nessa perspectiva de multilateralidade”, acrescenta.
Após a mesa-redonda, foi realizada sessão plenária de encerramento com apresentação de relatos de Fábio Alves e do diretor do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat), Estevam Las Casas.
![Foca Lisboa / UFMG Mesa da plenária final do seminário: da esquerda para a direita, Gilberto Libânio, Estevam Las Casas, Fábio Alves, Paulo Baeta e Rômulo Monte Alto](https://ufmg.br/thumbor/d4JViot_rZniw6zVPpiRHA9w9Bg=/81x0:2917x1891/712x474/https://ufmg.br/storage/8/a/4/f/8a4f80911042324803fc6e9f32d1f510_14658478479126_1336556707.jpg)