O professor Robson Augusto Souza dos Santos, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e a professora Andréa Luisa Zhouri Laschefski, da Fafich, estão entre os seis pesquisadores de universidades mineiras reconhecidos na quarta edição do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação – Professor Ennio Candotti.  

A cerimônia de premiação ocorreu nessa quinta-feira, 3, durante o 68º Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que está sendo realizado na cidade de São Paulo (SP).

Robson Santos ficou em primeiro lugar na categoria Pesquisador destaque – Ciências da Vida. Seu tema de estudo são os peptídeos angiotensina, hormônios com grande impacto sobre a regulação cardiovascular e a fisiopatologia de várias doenças, em especial as cardiovasculares – causa número um de morbimortalidade no Brasil e no mundo.

Andréa Zhouri foi a segunda colocada na categoria Pesquisador destaque – Ciências Humanas. Ela desenvolve, entre outros, estudos sobre o licenciamento ambiental de hidrelétricas, que propiciam analisar as desigualdades socioambientais produzidas nesse contexto, apontando o subdimensionamento dos impactos, a invisibilização da população atingida e as insuficiências dos mecanismos de participação social.

Mais de Minas
Minas Gerais tece ótima participação entre os premiados, aparecendo em todas as categorias. Maria das Graças Cardoso, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), ficou em segundo lugar na categoria Pesquisador destaque – Ciências Exatas. Há mais de 26 anos, ela produz trabalhos com efeitos significativos para a qualidade e segurança alimentar.

Professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), João Marcos Madurro foi o segundo colocado na categoria Pesquisador inovador – setor privado. Ele se dedica ao desenvolvimento de biossensores para detecção precoce e monitoramento de doenças.

Maria Elena de Lima Perez Garcia, da Faculdade Santa Casa de Belo Horizonte, venceu na categoria Pesquisador inovador – setor público. Seus estudos exploram o potencial das peçonhas animais, destacando-se a da aranha armadeira (Phoneutria nigriventer), para o tratamento de doenças e disfunções: um dos resultados foi a produção de peptídeos sintéticos, que são menos tóxicos, menos onerosos, mais simples e ativos, e têm potencial terapêutico.

Na categoria Profissional de comunicação, a jornalista Diélen dos Reis Borges Almeida, da UFU, ficou em primeiro lugar. Ela é repórter da editoria Comunica Ciência do portal Comunica UFU, uma das criadoras e integrante da equipe que produz o podcast Ciência ao Pé do Ouvido e participou da construção da Divisão de Divulgação Científica da instituição do Triângulo Mineiro.

Polo científico
“O Prêmio Confap valoriza pessoas que ‘fazem’. Parabéns a todos os finalistas, que já são vencedores”, saudou, na cerimônia de ontem, o presidente do Confap, Márcio de Araújo Pereira, também presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).

Carlos Arruda, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), disse que a boa presença de pesquisadores mineiros na premiação reflete a posição do estado como polo de desenvolvimento científico muito relevante e significativo para todo o Brasil. “O Prêmio Confap tem uma proposta interessante: a valorização do pesquisador. A gente costuma valorizar a pesquisa, mas é preciso reconhecer aquela pessoa que, de maneira consistente, dedica sua carreira ao avanço do conhecimento”, ressaltou.

Os agraciados receberão certificados de premiação, troféus e premiação financeira. Os classificados em primeiro lugar em cada categoria e subcategoria receberão R$10 mil; em segundo lugar, R$6 mil, e em terceiro lugar, R$ 3 mil. Nessa edição, a premiação financeira total é de R$114 mil.

A quarta edição da iniciativa do Confap tem patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e apoio da Coordenação de Execução e Difusão de Prêmios Nacionais e Internacionais em CT&I, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Assista à gravação da cerimônia no YouTube.