Programa Conexões discute democratização e acessibilidade no ensino superior
Tema surgiu de fala preconceituosa do ministro da Educação Milton Ribeiro sobre inclusão nas escolas
![Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil / Fotos públicas / CC BY-NC 2.0 Segundo Ribeiro, há crianças com](https://ufmg.br/thumbor/6djXzSFsj7lcyS881VC2P4mc3Yw=/0x0:2568x1713/712x474/https://ufmg.br/storage/9/b/9/7/9b97707071fe33d88cef4f5d86b03244_16297255147321_1394833504.jpeg)
Em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, na última semana, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que as universidades públicas deveriam ser “para poucos”. O ministro defendeu ainda que os institutos federais são os verdadeiros protagonistas do futuro, já que podem formar técnicos. Ainda nessa entrevista, Milton Ribeiro falou sobre a escola inclusiva. Disse que, no "inclusivismo", crianças com deficiência "atrapalham" o aprendizado de outros alunos sem a mesma condição. As falas de Ribeiro foram criticadas por parlamentares e diversas entidades que defendem um acesso amplo a uma educação inclusiva.
O programa Conexões desta quinta-feira, 19, debateu o tema e a fala do ministro da Educação, em entrevista com a professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG Regiane Garcêz, pesquisadora de ativismo sobre a comunidade surda. A professora explicou o caráter elitista e preconceituoso desse tipo de posicionamento, a importância da democratização da universidade, e falou também sobre formas de tornar o ensino superior mais inclusivo.
“A partir de 2005, foram criados os Núcleos de Acesso à Inclusão, com um trabalho de acesso de pessoas com deficiências, de ações afirmativas, como cotas raciais e de alunos do ensino médio público. É um trabalho que faz com que a universidade seja mais acessível para todas as camadas sociais e para as diferentes demandas, fazendo com que as universidades superem padrões de desigualdade construídos historicamente", explicou.
Ouça a entrevista com Regiane Garcêz no SoundCloud.
Produção: Laura Portugal, sob orientação de Luiza Glória
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael