Com as necessárias medidas de suspensão das aulas presenciais e adoção do ensino remoto emergencial – as aulas da graduação começaram no último dia 3 –, a comunidade acadêmica da UFMG se articula para adaptar-se ao regime imposto pela pandemia. No âmbito do corpo discente, destacam-se as ações de coleta e disseminação de informações realizadas pela representação estudantil, que lança mão das suas redes sociais para sanar dúvidas e organizar reuniões e assembleias virtuais.  

Luiza Datas, representante do Diretório Acadêmico da Faculdade de Letras (Fale), conta que o trabalho de informar os estudantes sobre o ensino remoto emergencial vem sendo feito desde o início da pandemia, quando foram iniciadas as discussões acerca do formato. São repassadas informações específicas da unidade, coletadas nas participações dos representantes em reuniões com o colegiado de curso ou via Diretório Central dos Estudantes.

Luiza relata que há dúvidas recorrentes sobre, entre outros aspectos, os processos de aferição de frequência, os ajustes de matrícula, as datas de trancamento parcial e total de disciplinas, as diretrizes para aulas síncronas e assíncronas e atividades avaliativas, os editais de inclusão digital e assistência estudantil. A representante ressalta que o diálogo entre o diretório acadêmico e o colegiado da Letras tem ocorrido de forma sistemática para sanar as questões apresentadas, com resultados positivos. 

Wellyngton Poli, representante do Diretório Acadêmico do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), em Montes Claros, informa que lá tem sido feito o mesmo trabalho de mediação para fornecer aos alunos informações acerca dos cursos sediados no ICA sobre o ensino remoto emergencial e encaminhar demandas, por meio do contato com diversas instâncias da Universidade, como colegiados e congregação. Os principais canais de divulgação são o Instagram e o WhatsApp.  

Mediação
Gustavo Scarmigliat, integrante do Diretório Acadêmico da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), que também se vale do Instagram para fazer os repasses, relata que foi criado um sistema de representação de turma, para realizar a mediação das informações sobre o regime de ensino remoto, elaborado pelo colegiado dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Já no curso de Educação Física, o sistema de representação é organizado pelo próprio diretório acadêmico da unidade. Ele esclarece que todos os integrantes da gestão estão presentes em todos os grupos de representação e em reuniões com colegiados, departamentos, congregação e comitê de combate à covid-19, para levar aos alunos as informações relativas à retomada das atividades acadêmicas. 

Gabrielle Cordeiro dos Anjos, vinculada ao Diretório Acadêmico da Faculdade de Ciências Econômicas (Face), informa que o trabalho de divulgação de informações foi também iniciado quando as aulas foram suspensas, assim que a pandemia foi declarada. "Desde o início havia muitas dúvidas sobre quando e de que forma as atividades retornariam. Começamos, então, a postar um vídeo por semana no nosso perfil no Instagram para inteirar os alunos sobre as discussões acerca do ensino remoto emergencial, assistência estudantil, contexto da educação no Brasil, entre outras temáticas”, ela relata. Durante o tempo de suspensão das aulas, a representação discente da Face realizou também uma assembleia geral dos estudantes da unidade em formato virtual e manteve contato sistemático com os colegiados para encaminhamento e repasse de informações. 

Wellyngton Poli pondera que a adaptação para o formato remoto emergencial é um desafio e que o momento pede paciência, colaboração e empatia. "Sejam nossos colegas, sejam estudantes, sejam professores, ninguém estava preparado para este momento, mas esta é uma oportunidade para que colaboremos uns com os outros”, afirma. 

Equipe: Vitória Fonseca (produção), Otávio Zonatto (edição de imagens) e Renata Valentim (edição de conteúdo)