Linhagens de bactérias utilizadas para caracterizar o queijo emmental como alimento probiótico são objeto de tese de doutorado desenvolvida na UFMG e defendida no último dia 6, em regime de cotutela, no Agrocampus Ouest Rennes (França), pelo pesquisador Fillipe Luiz Rosa do Carmo.

Orientado pelos professores Vasco Azevedo, do ICB, e Gwénaël Jan, diretor de pesquisa do Institut National de La Recherche Agronomique (Inra), o trabalho foi realizado no âmbito do Laboratório Internacional Associado (LIA), que funciona no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), no campus Pampulha, primeiro da rede francesa de pesquisa em um país sul-americano. Outros trabalhos, desenvolvidos em cooperação pelas duas instituições, foram discutidos em evento realizado na UFMG neste ano, na inauguração do Laboratório.

A tese, que já gerou 10 artigos científicos publicados e um em submissão, foi considerada pela banca "acima da média europeia". Uma das linhas do trabalho de Fillipe do Carmo investiga a utilização de bactérias probióticas para tratamento da mucosite, doença que afeta grande parte de pacientes em quimioterapia. “Com resultados promissores em um modelo animal, a próxima etapa é buscar financiamento para um estudo clínico em humanos”, anuncia Vasco Azevedo. O estudo foi tema de matéria do Boletim 2012.

Tese: Papel da proteína de superfície SlpB na adesão e imunomodulação da linhagem probiótica propionibacterium freudenreichii CIRM-BIA 129
Autor: Fillipe Luiz Rosa do Carmo
Orientadores: Vasco Azevedo e Gwénaël Jan