Institucional

UFMG é destaque em ranking de universidades empreendedoras

Foram reconhecidas boas práticas nos campos do ensino, da extensão, da pesquisa e da acessibilidade desenvolvidas durante a pandemia

Viviane Birchal, ao centro, com representantes da Brasil Júnior
Viviane Birchal (centro) com representantes da Brasil Júnior Divulgação | Brasil Júnior

A UFMG ocupa a quarta posição entre as dez instituições de ensino superior destacadas no Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE) 2021, lançado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores – Brasil Júnior, na última quarta-feira, 8, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mais de 26 mil estudantes avaliaram 126 instituições, em todos os estados da federação, que foram classificadas segundo seis indicadores: capital financeiro, cultura empreendedora, extensão, infraestrutura, inovação e internacionalização.

Na 4ª edição do RUE, a Confederação considerou o desempenho das instituições no contexto da pandemia de covid-19, que levou mais de 600 mil alunos a desistirem ou trancarem matrícula na educação superior privada. Nesse período, o país registrou mais de 14,8 milhões de desempregados e a maior queda do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos 24 anos, segundo o IBGE. Mais de  21 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus, que provocou a morte de mais de 600 mil pessoas.

Em razão desse contexto, os organizadores do ranqueamento consideraram “as universidades como berço de inovações científicas e tecnológicas, principalmente quando se trata de evolução do acesso a direitos básicos do cidadão, como a saúde”. E a participação dos estudantes empreendedores também foi destacada, com a criação de mais de 200 novas empresas juniores e geração de 35 mil soluções para auxiliar a sociedade, com faturamento de R$ 49 milhões (10% a mais que em 2019).

Segundo a Diretora de Avaliação Institucional, Viviane  dos Santos Birchal, que representou a UFMG na solenidade de premiação em Brasília, o resultado do ranking indica que “a UFMG está entre as cinco instituições brasileiras de ensino superior que mais proporcionam um ecossistema favorável ao empreendedorismo, que mais colaboram para o desenvolvimento da sociedade por meio de práticas inovadoras".

Boas práticas

Nesta edição, o ranking lançou edital para avaliar os projetos desenvolvidos na instituições durante a pandemia. Segundo Viviane Birchal, a UFMG manteve-se como protagonista, com iniciativas reconhecidas pelo ranking, também nas dimensões de ensino, pesquisa, extensão e apoio aos discentes. “Essa é mais uma das formas de demonstrarmos o papel essencial que a Universidade desempenha, desenvolvendo importantes ações em seus vários campos de atuação, de maneira inovadora, exemplar e inclusiva”, afirma a diretora.

A UFMG teve quatro práticas reconhecidas entre os 175 cases inscritos em edital específico: 

Apoio aos discentes com deficiência visual, realizado pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), que adaptou bibliografia básica dos cursos, em parceria com as unidades do Sistema de Bibliotecas. A produção de material adaptado consiste na preparação de textos para a leitura por softwares leitores de tela, e as imagens são audiodescritas. Em 2021, o NAI adaptou para PDF acessível, braille e áudio MP3 um total de 28.662 páginas de livros, capítulos de livros e artigos; 80% delas continham imagens que também foram audiodescritas.

A metodologia de ensino, como apoio aos docentes, por meio do Programa Integração Docente (GIZ), com o desenvolvimento de ações formativas para as práticas pedagógicas no contexto do ensino remoto e do ensino híbrido emergencial. O Programa foi lançado em junho de 2020 pela Pró-reitoria de Graduação para mobilizar a comunidade acadêmica na implementação do ensino remoto emergencial, alternativa possível para o retorno do ano letivo e das atividades de ensino-aprendizagem dos estudantes dos 91 cursos de graduação. Devido ao alcance e sucesso, o programa será contínuo, como espaço para fortalecimento e discussão das práticas de ensino na UFMG.

No campo da pesquisa, a UFMG destacou-se com o Programa de investigação científica, inovação e ações emergenciais para o enfrentamento da covid-19, inscrito pela Pró-reitoria de Pesquisa. As metas traçadas têm sido alcançadas, e os resultados obtidos têm impactado diretamente a sociedade, com a realização de diagnósticos, vigilância de novas variantes do Sars-Cov-2 e o desenvolvimento de vacina contra a covid-19.

As boas práticas de extensão foram reconhecidas pelas Ações de fomento para o desenvolvimento de atividades de extensão voltadas ao enfrentamento da pandemia da covid-19. As atividades foram realizadas conforme os protocolos de segurança sanitária exigidos e alcançaram as populações mais vulneráveis às consequências dessa crise.

Teresa Sanches