Pesquisa e Inovação

Pesquisa analisa fatores que motivam reclassificações raciais

Mudanças são provocadas por fatores socioeconômicos e regionais, conclui estudo da UFMG baseado em dados do Caged

Leonardo Silveira investigou a identificação étnico-racial no Brasil
Leonardo Silveira investigou a identificação étnico-racial no Brasil Arquivo pessoal

Pretos, pardos, brancos, indígenas e amarelos. Essas são as categorias étnico-raciais presentes em cadastros brasileiros. E o que faz alguém ser classificado em um categoria ou em outra? A identificação étnico-racial foi o tema da pesquisa de doutorado desenvolvida por Leonardo Silveira no Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFMG. 

Leonardo analisou se, no Brasil, o status socioeconômico de uma pessoa tende a ser levado em conta quando ela é classificada por outrem. O pesquisador também investigou se as fronteiras raciais variam conforme as regiões do país. Confira os resultados do estudo no episódio 25 do programa Aqui Tem Ciência, da Rádio UFMG Educativa.


RAIO-X

Título original: Reclassificação racial e desigualdade: análise longitudinal de variações socioeconômicas e regionais no Brasil entre 2008 e 2015

O que é: pesquisa utilizou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para analisar casos de pessoas cuja classificação racial mudou na passagem de um emprego formal para outro. O objetivo era analisar se a classificação racial no Brasil é determinada por características socioeconômicas da pessoa classificada e por variações regionais. Os resultados demonstram que variações socioeconômicas importam para a reclassificação, mas que a localização geográfica tende a ter mais influência sobre a definição de fronteiras raciais.

Nome do pesquisador: Leonardo Souza Silveira

Orientador: Professor Jerônimo Oliveira Muniz

Programa de Pós-graduação: Sociologia

Ano da defesa: 2019

Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

O episódio 25 do Aqui tem ciência teve apresentação de Camila Meira, produção de Gabriela Dias, edição de Tiago de Holanda e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG, abrangendo todas as áreas do conhecimento. 

A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados de trabalho de um pesquisador da Universidade. O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.