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WhatsApp altera regras de uso e privacidade: entenda o que muda e se é vantajoso aceitar

Professor da UFMG Fabrício Polido analisa as mudanças em termos legais; brasileiros têm prazo de 90 dias para aceitar ou não a nova política

Plataforma comunicou que os usuários que não concordarem com as novas normas terão restrições no uso
Plataforma comunicou que os usuários que não concordarem com as novas normas terão restrições no uso Domínio público

Desde o inicio do ano, o WhatsApp vem anunciando mudanças nos Termos de Serviço e Política de Privacidade do aplicativo. As alterações estavam previstas para entrarem em vigor a partir de fevereiro, mas foram adiadas devido à má recepção dos usuários. Agora, desde o dia 15 de maio, os novos termos de uso estão valendo e a comunidade tem 90 dias para dar seu aceite. Entre as principais mudanças, está o compartilhamento de dados da conta do WhatsApp com o Facebook,  empresa que é base do serviço de mensagens. Talvez você tenha percebido que o app vem pedindo a confirmação dos usuários de que concordam com os termos de uso.

Mas o que acontece se você não concordar? A plataforma anunciou que vai restringir as funcionalidades de quem ignorar as mensagens sobre a atualização nos termos de uso, não dando o aceite. Entre as principais, não será possível acessar a lista de conversas, apenas chamadas de voz e vídeo poderão ser atendidas e, mesmo assim, só por algumas semanas. Segundo o comunicado, depois desse período, os usuários que não concordarem com os termos e seguirem utilizando o aplicativo não receberão chamadas, notificações ou mensagens, e a conta poderá ser excluída após 120 dias de inatividade.

Quem explicou as mudanças no WhatsApp no Expresso desta terça-feira, 18, foi Fabrício Polido, advogado e professor de Direito Internacional, Direito Comparado e Novas Tecnologias da Faculdade de Direito e Ciências do Estado da UFMG. O professor defendeu que não é preciso se preocupar em relação ao acesso do conteúdo das mensagens trocadas no app por terceiros, pois a empresa oferece criptografia, o que impede que as mensagens sejam vistas por meio diverso do próprio aparelho em que o aplicativo está instalado e as mudanças propostas não incluem esse aspecto.

Fabrício Polido também elencou quais são as principais alterações, comentou se elas estão de acordo com a legislação brasileira e aconselhou os usuários sobre o que fazer neste momento. “Uma das principais dicas para todos que são usuários de serviços de internet e redes sociais em geral é que atentem sempre para esse aspecto da segurança e as suas respectivas opções de privacidade que todo dispositivo e serviço vai oferecer, como o próprio WhatsApp e, mais do que tudo, buscar as fontes oficiais, seja pelas recomendações da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), seja pela própria plataforma, que nesses próximos dias e semanas terá a tarefa de recompactar todas as informações que ela já divulgou a respeito da política de privacidade, sobretudo para demonstrar de que maneira o serviço permanece no Brasil”, detalhou. Para saber mais sobre as orientações da Autoridade Nacional de Proteção de Dados aos usuários sobre a nova política de privacidade do WhatsApp, acesse o site da ANPD.

Produção: Enaile Almeida e Filipe Sartoreto

Publicação: Alessandra Dantas