Em bate-papo no Centro Cultural, Paulo Nazareth fala sobre o papel da gravura em sua produção artística
Como desdobramento da exposição O atelier como encruzilhada: práticas e discussões em torno da gravura, o Centro Cultural UFMG promove conversa com o artista visual mineiro Paulo Nazareth. O bate-papo, nesta quarta, 27 de novembro, das 15h às 17h, tem como tema A gravura e suas encruzilhadas e será mediado por George Gutlich, professor de gravura em metal da EBA/UFMG. A entrada é gratuita e tem classificação etária livre.
Paulo Nazareth falará sobre o papel da gravura em sua produção artística, a relação entre gravura e fotografia, problematizando a noção de gravura como meio múltiplo e volante. Questões ligadas ao poder de circulação da imagem impressa e a gravura como elemento comunicador também serão debatidas na conversa.
O artista
Nascido em Borun Nak (território indígena do Vale do Rio Doce), Minas Gerais, Paulo Nazareth vive e trabalha como um nômade global. Suas obras resultam, por muitas vezes, de gestos precisos e simples, sensibilizando para questões ligadas à imigração, racismo e colonialismo. Trabalha com o que vem chamando "arte de preceito". Embora possa se manifestar em vídeos, fotografias e objetos colecionados, sua atuação está focada no cultivo e na construção de relacionamentos com indivíduos que cruzam o seu caminho, sobretudo aqueles marginalizados em relação ao seu status legal ou reprimidos pelas autoridades governamentais.
O trabalho de Nazareth foi incluído em exposições coletivas como a 56ª Bienal de Veneza (2015), a 22ª Sydney Biennial (2020) e a 34ª Bienal de São Paulo (2021). E também em exposições individuais no Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2018) e no Institute of Contemporary Art, Miami (2019). Atualmente, o Instituto Inhotim, em Brumadinho, abriga a exposição Esconjuro, na qual as noções de tempo espaço são alargadas e conjugadas em quatro estações.
