Político-administrativo

Em coletiva, Ipead divulga resultados de pesquisas realizadas em 2019

O Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) realiza nesta quarta-feira, 8 de janeiro de 2020, coletiva para divulgação dos resultados dos estudos realizados em 2019 e sua comparação com dados apurados em anos anteriores. Na oportunidade, especialistas vinculados ao órgão ficarão disponíveis para atender às demandas de imprensa e prestar os esclarecimentos necessários.

O encontro ocorrerá na sede do Instituto, no prédio da Face, campus Pampulha, a partir das 15h.

Destaques antecipados
O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), subiu em dezembro do ano passado, fortemente influenciado pelo aumento dos preços das carnes bovinas.

O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo IPCA e pelo IPCR, fechou o ano dentro da meta definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que se dá pelo intervalo de 2,75% a 5,75% no ano.

No acumulado do ano de 2019, os itens que mais contribuíram para o aumento da inflação pertencem ao grupo dos produtos não alimentares: excursões, condomínio e energia elétrica.

O acompanhamento do custo da cesta básica em Belo Horizonte revelou que o poder de compra do salário mínimo caiu em 2019 na comparação com dezembro do ano anterior. Os valores foram de R$ 417,21 (dezembro/2018) e R$ 464,26 (dezembro/2019). Esse resultado foi impactado pelo aumento dos preços das carnes bovinas, resultando em variação superior a 10% no preço da cesta básica do mês, após sete meses consecutivos de queda.

O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte encerrou o ano de 2019 com valor próximo ao registrado em 2018: 38,07 e 39,42 pontos, respectivamente. Ao analisar o ano de 2019, nota-se que o componente Situação Financeira da Família foi o que mais contribuiu positivamente para o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC-BH), mantendo-se acima dos 52 pontos em todos os meses do ano. O item Emprego, por sua vez, foi responsável pelos menores valores, constituindo-se na principal preocupação dos consumidores em 2019.

O custo do dinheiro, medido pelas taxas médias mensais de juros, ficou mais baixo na maior parte dos tipos de empréstimos e captações observados em Belo Horizonte, devido às reduções na taxa básica de juros (Selic), que encerrou 2019 em 4,5% ao ano, dois pontos percentuais abaixo da taxa registrada em dezembro 2018, atingindo o menor nível da história.

Pesquisas especiais
Ao longo do ano de 2019 também foram realizadas pesquisas especiais sobre a pretensão de compra de material escolar e presentes em datas comemorativas do ano, além da forma de utilização do décimo terceiro salário. Em linhas gerais, observou-se disposição dos consumidores em revisar seus hábitos e pretensões de compra, como a substituição de produtos, alteração na forma de pagamento, intenção de presentear com investimentos iguais ou inferiores ao do ano anterior, além da intenção de manter as contas em dia e quitar dívidas com recursos do décimo terceiro salário.

(Fonte: Assessoria de Comunicação da Fundação Ipead)

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Prédio da Face, sede do Ipead Foca Lisboa / UFMG