A 19ª edição do Festival de Verão UFMG entra em sua segunda semana de atividades com um reforço de peso em sua programação: a Festa do Livro UFMG, que será realizada de 24 a 27 de março na Praça de Serviços do campus Pampulha. Nesses quatro dias, o local sediará lançamentos de livros, rodas de conversa, debates e outras atrações gratuitas. A programação desta segunda, dia 24, primeiro dia do evento, terá show da rapper Tamara Franklin, e conversa com a autora Lavínia Rocha.

Víbora é um show autoral vinculado ao projeto Ano da serpente, que celebra os 20 anos de carreira da rapper Tamara Franklin. A apresentação une elementos da cultura hip-hop, ritmos jamaicanos e sonoridades tradicionais brasileiras, como o congado e o samba, criando um rico encontro ancestral da cultura afrodiaspórica. O espetáculo entrelaça o passado e o presente por meio de uma cosmovisão contracolonial, cujo tempo é uma divindade que conecta diferentes momentos históricos.

Tamara Franklin é natural de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua carreira começou ainda na infância, aos 13 anos, com o grupo H2S2. Em 2015, iniciou sua carreira solo com o álbum Anônima. Seu trabalho mais recente, Fugio: rotas de fuga pro aquilombamento (2020), mistura rap com ritmos do candombe mineiro e aborda temas de resistência e prosperidade do povo negro ante o racismo.

Conversa com autores
Em sua programação, a Festa do Livro recebe autores para uma conversa com o público. Na abertura do evento, a professora Telma Borges, da Faculdade de Educação da UFMG, vai mediar a conversa com a escritora, palestrante e professora Lavínia Rocha. Escritora desde os 11 anos, Lavínia tem 16 livros publicados, que abrangem desde a literatura infantil ao público adulto, para quem escreve sob o pseudônimo Lia Rocha.

Formada em História pela UFMG e pós-graduada em Ensino de História, ela se destaca com uma metodologia de ensino dinâmica, divertida e antirracista baseada na Pedagogia do entusiasmo. Em 2022, venceu o prêmio Perestroika, como professora mais criativa do país na educação básica. No ano seguinte, foi finalista do Prêmio Professor Porvir com o projeto África: um continente diverso, com mais de 6 milhões de visualizações nas redes sociais.