‘Aqui tem ciência’: há futuro para o Parque Estadual do Rio Doce?
Tese defendida na UFMG apresenta a evolução dos usos da terra no Parque Estadual do Rio Doce, durante 30 anos. A área foi uma das atingidas pelo desastre de Mariana em 2015
O Parque Estadual do Rio Doce, localizado na região Leste do estado de Minas Gerais, é uma das principais áreas contínuas de Mata Atlântica preservada no Brasil e sofre grande pressão da atividade humana, com destaque para o Desastre de Mariana, em 2015.
Durante seu doutorado em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, o pesquisador Brayan Ricardo de Oliveira analisou três décadas de mudanças no Parque e em sua zona de amortecimento, que abrange uma área de 10 quilômetros.
O pesquisador também traçou cenários futuros dos usos da terra nesta área, até 2030. Os detalhes do estudo são apresentados no episódio 28 do programa Aqui tem ciência.
RAIO-X DA PESQUISA
Estudo: Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil: Passado, Presente e Futuro.
O que é: pesquisa de doutorado que analisou a evolução dos usos da terra do Parque Estadual do Rio Doce (PERD) durante 30 anos (1985-2015), em escala regional para os municípios e em escala local, com maior refinamento, para a zona de amortecimento, que abrange uma área de 10 quilômetros do entorno do Parque. Também foi elaborado um cenário futuro para os próximos 15 anos (até 2030), além de propostas de técnicas de manejo e corredores ecológicos para o momento presente. Uma série de workshops foi realizada com o objetivo de apresentar propostas de ações ambientais para a população que vive no entorno do Parque e para gestores ambientais e empresas atuantes na região.
Pesquisador: Brayan Ricardo de Oliveira
Ano de defesa: 2019
Programa de Pós-graduação: Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre
Orientadora: Paulina Maria Maia Barbosa
Coorientadora: Sônia Maria Carvalho Ribeiro
Financiamento: Capes
O episódio 28 do Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Alessandra Ribeiro e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG, abrangendo todas as áreas do conhecimento.
A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados do trabalho de um pesquisador da Universidade. O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.