Pesquisa e Inovação

Avanços na pesquisa sobre hemodiálise premiam grupo da Faculdade de Medicina

Estudos buscam reduzir mortalidade por infecções e falência vascular

Guilherme de Castro Santos (ao centro) entre os membros da comissão organizadora, Fabio Linardi (à esquerda) e Marcelo Calil Burihan (à direita)
Guilherme de Castro Santos (ao centro) entre os membros da comissão organizadora, Fabio Linardi (à esquerda) e Marcelo Calil Burihan (à direita) SBACV-SP

Os professores Guilherme de Castro Santos e Túlio Pinho Navarro, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, foram premiados por dois de seus estudos apresentados no 5º Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Acesso Vascular para Hemodiálise. Os trabalhos propõem soluções para os pacientes que perderam a função renal e precisam realizar a hemodiálise.

Santos revela que, no Brasil, aproximadamente 120 mil pessoas realizam hemodiálise periodicamente, procedimento responsável por uma taxa de mortalidade de 20% ao ano. “Entre as causas, duas das principais são a infecção por cateter e os eventos cardiovasculares”, acrescenta. Essas complicações são os focos dos estudos premiados, que oferecem alternativas mais seguras para que o paciente possa realizar o tratamento.

O professor explica que a hemodiálise exige acessos vasculares, locais por onde o sangue sai para a limpeza, por meio da máquina de diálise, e é devolvido para o organismo após a filtragem. Esse acesso vascular pode ser feito por três técnicas: cateter, prótese e fístula.

Em longo prazo, explica o professor, quem faz hemodiálise acaba perdendo os acessos por desgaste nas veias, fenômeno chamado de falência vascular. “Um dos estudos premiados é sobre o caso de uma paciente com falência vascular, encaminhada ao nosso serviço, que não tinha mais nenhum acesso. Conseguimos implantar um cateter na veia cava da paciente, por meio de punção direta, o que possibilitou que ela fizesse a hemodiálise”, explica.

Matéria sobre os trabalhos foi publicada na edição 2.061 do Boletim UFMG.