Ensino

Em palestra on-line, professora da FaE faz retrospecto da educação a distância no Brasil

Evento também irá abordar políticas públicas para a EaD

A educação a distância, um dos temas centrais do evento on-line UEADSL 2016/2– que trata também de universidade e software livre –, é objeto de palestra da professora Durcelina Pimenta, do Mestrado Profissional em Educação e Docência (ProMestre), da Faculdade de Educação (FaE).

Em sua fala, Durcelina apresenta o conceito de EaD – forma sistematizada de ensino e aprendizagem em que professores e alunos desenvolvem ações pedagógicas mediadas por recurso tecnológico impresso, audiovisual ou hipermidiático – e conta a história da modalidade no Brasil, incluindo as transformações geradas por mudanças sociais, avanços tecnológicos e ações governamentais.

De acordo com a professora, as primeiras iniciativas de EaD no país datam do começo do século 20, com a oferta de cursos profissionalizantes por instituições internacionais. Até chegar às atuais formações, em áreas e níveis diversos, o ensino a distância foi impulsionado pela popularização dos recursos tecnológicos.

Ela comenta que a democratização do acesso a esses recursos proporcionou maior rapidez e proximidade na comunicação entre os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem e o incremento da produção e transmissão de conteúdo, uma vez que qualquer indivíduo é produtor de materiais, em potencial.

"A ampliação da EaD no Brasil, principalmente na educação superior, ocorre de forma paralela ao crescimento da microinformática e da internet no país, a partir dos anos 1990”, explica Durcelina Pimenta, que é designer instrucional da Unesco.

Impulso
A promulgação do decreto 5622/2005, que regulamenta a oferta de cursos superiores na modalidade, gerou debate mais atento sobre o assunto, segundo a professora da FaE, sobretudo no meio acadêmico, o que estimulou a criação de associações próprias e o surgimento de políticas públicas voltadas para a promoção do ensino a distância gratuito.

Uma delas é representada pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), que visa à expansão e interiorização de cursos superiores por meio da modalidade. Estabelecido em 2006, a UAB conta com suporte da Capes e envolve instituições públicas de ensino superior e prefeituras dos municípios onde são ofertados os cursos para manutenção dos polos de apoio presencial. “Esse é o programa de maior longevidade e sucesso no Brasil, com cerca de 200 mil pessoas formadas”, avalia Durcelina Pimenta.

Por meio da UAB, a UFMG oferta, desde 2008, cinco cursos de graduação a distância: Ciências Biológicas, Geografia, Matemática,

Pedagogia e Química.
O evento Universidade, Educação a Distância e Software Livre, que se estende até amanhã (sexta, 10), é promovido pelo grupo Texto Livre, da Faculdade de Letras, em parceria com o Centro de Apoio à Educação a Distância (Caed) e com a Pró-reitora de Assuntos Estudantis (Prae).

Assessoria de Comunicação do Caed/UFMG