Arte e Cultura

Filósofo catalão Gonçal Mayos ministra aula inaugural e conferência na Faculdade de Direito

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Divulgação

A Faculdade de Direito da UFMG receberá, nos dias 11 e 12, terça e quarta-feira, o filósofo e professor Gonçal Mayos [foto], do Departamento de História da Filosofia, Estética e Filosofia da Cultura da Universidade de Barcelona, para a realização de duas conferências abertas ao público. Especialista em Nietzsche, Hegel, Herder, Kant, Descartes e D’Alembert, Mayos cunhou o termo macrofilosofia, que sintetiza sua análise global e interdisciplinar dos processos de longo prazo.

Na terça, a partir das 14h, na sala da Congregação (segundo andar do prédio da pós-graduação), Mayos vai proferir aula magna do curso de Ciências do Estado e abordará a ascensão e queda da União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).Em 2017, completam-se 100 anos da Revolução Bolchevique que deu origem à URSS. Um século após a derrubada da monarquia absolutista dos czares, ainda há leituras e divergências entre os estudiosos da Revolução Russa de 1917.

"Pretendo analisar o conflito sem cair no maniqueísmo ideológico. Quero mostrar diferenças significativas entre os profundos processos de modernização conduzidos pela URSS e pelos EUA sob uma perspectiva macrofilosófica", antecipa Mayos.
Na quarta-feira, às 18h, o filósofo fará palestra no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Direito intitulada Macrofilosofia social dos Direitos Humanos. “Direitos Humanos são um dos poucos assuntos discutidos universalmente na atualidade, porém tem sido convertido a um tópico debatido acriticamente. Estamos enfrentando muitos conflitos para conquistá-los", comenta o espanhol, autor de mais de dez livros.

Mayos explica que vai discorrer sobre alguns marcos macrofilosóficos sociais e históricos e indica três grandes acontecimentos que contribuíram decisivamente para sua formulação: a chamada Revolução Gloriosa inglesa, em 1689, que derrubou o absolutismo monárquico, a Independência dos Estados Unidos, em 1776, e a Revolução Francesa 1789, "quando os 'direitos do cidadão' [não o direito pela cidadania das mulheres] se convertem em humanos, promulgando uma dignidade humana universal".
As atividades são abertas ao público, mas o interessado precisa se inscrever previamente por meio de formulário eletrônico.