Desde 2019, conforme promessa de campanha, o presidente Jair Bolsonaro tem criado decretos para facilitar o porte e a posse de armas no Brasil. Recentemente, foram alteradas, por decretos presidenciais, mais uma série de normas em relação ao uso de armas no país. Entre as mudanças, estão o aumento do número de armas e munições que o cidadão comum pode adquirir e também a facilitação dos laudos de aptidão psicológica. Agora, para colecionadores, atiradores e caçadores, basta um laudo de um psicólogo com registro no conselho da profissão, não precisando de cadastro do profissional na Polícia Federal. 

Durante os dois anos do atual governo, o STF questionou e vetou quatro medidas da flexibilização do uso e da compra de armas. Nessa terça-feira, 23, a ministra da Suprema Corte Rosa Weber determinou que essas novas alterações das leis sobre armas sejam levadas para julgamento no plenário e que o presidente explique, em até cinco dias, os decretos que flexibilizam o uso e a compra de armas de fogo.

No programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta quarta-feira, 24, a professora da Faculdade de Educação da UFMG Valéria de Oliveira, que é pesquisadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade (Crisp), falou sobre os novos decretos presidenciais.