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Roberto Bigonha, do DCC, é o novo professor emérito da UFMG

Roberto Bigonha recebeu o diploma de professor emérito do reitor Jaime Ramírez
Roberto Bigonha recebeu o diploma de professor emérito do reitor Jaime Ramírez Foto: Foca Lisboa / UFMG

O professor aposentado do Departamento de Computação (DCC) da UFMG Roberto da Silva Bigonha recebeu na noite de ontem, 22, o título de professor emérito da UFMG. A honraria é concedida a docentes de destaque em sua trajetória acadêmica na Instituição.

Roberto da Silva Bigonha agora é professor emérito da UFMG
Roberto Bigonha agora é professor emérito da UFMG Foto: Foca Lisboa / UFMG

Bigonha, como é conhecido pelos colegas do Departamento, afirmou que o título renova seu compromisso com a Universidade, aonde chegou em 1967 como aluno de graduação do curso de Engenharia Química. O então estudante foi monitor do Departamento de Cálculo Diferencial e Integral e do Centro de Cálculo Eletrônico da Escola de Engenharia; depois de formado, trabalhou como pesquisador-bolsista da Divisão de Tecnologia do Centro de Computação da UFMG.

Roberto da Silva Bigonha tornou-se professor auxiliar de ensino do ICEx em 1974, assistente em 1977, adjunto em 1981 e professor titular em 1991. “Eu fiz minha carreira acadêmica toda aqui, as minhas histórias pessoal e profissional estão extremamente ligadas ao DCC. Tenho orgulho de ter ensinado os fundamentos das linguagens de programação a milhares de alunos”, disse.

Como docente, Bigonha foi coordenador do bacharelado em Ciência da Computação, do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação e chefiou o DCC. Na pesquisa, atuou principalmente em projetos e na definição de linguagens de programação, construção de compiladores, métricas de software e modularidade de programas. Contribuiu para a formação de 37 mestres e 11 doutores.

O professor relembrou momentos marcantes do DCC, como a chegada de um computador IBM 1130, em 1966. “A UFMG estava à frente das outras universidades”, disse. O professor também participou da criação do DCC, em 1972, dos cursos de graduação e pós-graduação e da implementação do Reuni (Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), que, segundo ele, foi um dos maiores desafios que enfrentou na Universidade. “Éramos 42 professores e hoje somos 65. O programa foi grande desafio porque nos fez crescer de forma muito rápida. O importante é que conseguimos expandir o departamento com qualidade. Tenho orgulho de ter feito parte do crescimento do DCC”, afirmou.

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Foto: Foca Lisboa / UFMG
Ramírez, sobre Bigonha:
Ramírez, sobre Bigonha: "trabalho incansável no avanço da computação brasileira" Foto: Foca Lisboa / UFMG

Estiveram presentes na solenidade, além de familiares e amigos do professor Roberto Bigonha, o professor Francisco César de Sá Barreto, reitor da UFMG na gestão 1998-2002, o vice-diretor do Instituto de Ciências Exatas (Icex), Francisco Dutenhefner, o reitor Jaime Arturo Ramírez, a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, o subchefe do DCC, professor Dorgival Olavo Guedes Neto, o professor Ronaldo Pena, reitor da UFMG no período 2006-2010, e o professor emérito Nivio Ziviani [nesta ordem, na foto acima].

Trabalho incansável
O reitor Jaime Ramírez destacou a importância do título de professor emérito. Segundo ele, a Universidade se orgulha de ter membros que honram a educação, se esforçando em prol do fazer público. “Os colegas de profissão quiseram prestar essa homenagem ao professor Roberto da Silva Bigonha, cuja história é indissociável da história do DCC. Ele fez um trabalho incansável no avanço da computação brasileira e é uma das maiores referências nacionais neste campo de atuação”, disse.

O professor Ivan Moura Campos também homenageou o colega de profissão. “Bigonha é um pesquisador brilhante, reconhecido por seus pares por tudo que desenvolveu ao longo dos anos. Podemos dizer que ele é uma escola, um intelectual inquieto, merecedor, portanto, do título de professor emérito”, concluiu.

Ivan Moura Campos destacou o trabalho do colega de profissão
Ivan Moura Campos destacou o trabalho do colega de profissão Foto: Foca Lisboa / UFMG