Cineclássico Quarentena: Marilyn, Greta, Ava e outras 'deusas do cinema' são atrações da programação de novembro
O CineCentro, organizado pelo Centro Cultural UFMG, programou para o mês de novembro filmes protagonizados por algumas das mais belas e talentosas atrizes da história do cinema clássico. A seleção apresenta alguns dos padrões de representação feminina sob a perspectiva do star system hollywoodiano, que durante décadas moldou visões da mulher, reforçando a hierarquia sexual e criando grandes lendas imortalizadas por essas atrizes.
Da década de 1930 à de 1960, o cinema de Hollywood valorizou o glamour, a beleza e a juventude e objetificou a mulher, por meio das ideias de sex symbol e femme fatale. Alguns elementos contribuíram para a construção mítica das grandes estrelas, como a fotografia, o figurino, a maquiagem, o cabelo, a personalidade, gesto e close, criando uma forte identificação com o espectador.
O CineClássico Quarentena focaliza produções com atrizes que adquiriram o status de "deusas do cinema” e foram vitais no desenvolvimento da história cinematográfica. Essas atrizes ainda influenciam padrões de beleza e moda, divulgados ainda hoje pela TV, mídia e redes sociais. A seleção segue a classificação da American Film Institute (AFI), que contempla atrizes da época de ouro do cinema, como Katherine Hepburn, Bette Davis, Audrey Hepburn, Ingrid Bergman, Greta Garbo, Marilyn Monroe, Marlene Dietrich, Ava Gardner e Rita Hayworth.
Os filmes podem ser encontrados nos links abaixo:
Katherine Hepburn (1907-2003)
Levada da breca (Bringing up baby). Comédia, drama, 1938, EUA. Direção de Hamilton MacFadden. P&B, 66’, 12 anos
David Huxley (Cary Grant) está esperando uma encomenda com um osso para o museu de história onde trabalha. Devido a uma série de circunstâncias, ele acaba conhecendo Susan (Katharine Hepburn), uma moça rica e atrapalhada que traz à vida de David inúmeras confusões, entre elas um leopardo do Brasil chamado Baby.
Bette Davis (1908 - 1989)
Escravos do desejo (Of human bondage). Drama, romance, 1934, EUA. Direção de John Cromwell. P&B, 83', 14 anos
Philip Carey (Leslie Howard) tem uma deficiência física e abandona suas ambições artísticas para estudar medicina. Ele se apaixona por Mildred Rogers (Bette Davis), uma garçonete desprovida de moral, que o rejeita em prol de um vendedor. Após retornar descasada e grávida, Philip decide acolhê-la, mas logo ela lhe dará novas amarguras.
Audrey Hepburn (1929-1993)
Sabrina (Sabrina). Comédia, drama, romance, 1954, EUA. Direção de Billy Wilder. P&B, 113’, 12 anos
Sabrina Fairchild (Audrey Hepburn) é filha do motorista do casal Larrabee, cujos filhos são opostos. Linus (Humphrey Bogart) é totalmente voltado ao trabalho, enquanto Davis (William Holden) é um playboy. Após passar dois anos em Paris, Sabrina retorna à mansão dos Larrabee como uma nova mulher, elegante, sofisticada e madura. Ela desperta a atenção dos dois homens e, quando percebe, já está envolvida num triângulo amoroso dos mais complicados.
Ingrid Bergman (1915-1982)
Anastasia, a princesa esquecida (Anastasia). Biografia, drama histórico, 1956, EUA. Direção de Anatole Litvak. Colorido, 105’, dublado, livre
Um homem de negócios oportunista (Yul Brynner) tenta fazer de uma misteriosa impostora a duquesa Anastasia (Ingrid Bergman). A performance da jovem é tão convincente que mesmo os mais céticos acabam acreditando na história.
Greta Garbo (1905-1990)
A dama das camélias (Camille). Drama, romance, 1936, EUA. Direção de George Cukor. P&B, 109’, 12 anos
A cortesã Marguerite Gautier (Greta Garbo) está perdidamente apaixonada pelo jovem nobre Armand Duval (Robert Taylor). Porém, o pai de Armand implora para que ela não se case com o filho para não arruinar a posição social e a carreira profissional do rapaz. Ela, então, consente em abandonar o seu amor.
Marilyn Monroe (1926-1962)
Quanto mais quente melhor (Some like it hot). Comédia, musical, romance, 1959, EUA. Direção de Billy Wilder. P&B, 121’, livre
Dois músicos desempregados, Joe (Tony Curtis) e Jerry (Jack Lemmon), testemunham por acaso o cruel Massacre do Dia de São Valentim. Obrigados a deixar a cidade, eles arrumam emprego em um grupo musical feminino. Disfarçados de mulheres, passam por confusões quando Joe se apaixona pela vocalista Sugar (Marilyn Monroe), a garota-problema do grupo, enquanto um milionário se apaixona pelo disfarce de Jerry.
Marlene Dietrich (1901-1992)
A Vênus loira (Blonde Venus). Drama, 1932, EUA. Direção de Josef Von Sternberg. P&B, 93’, 12 anos
Helen (Marlene Dietrich) já brilhou nos clubes noturnos, mas agora está casada com um cientista, Edward Farady (Herbert Marshall), diagnosticado com um envenenamento. Ela precisa conseguir dinheiro para encontrar a cura, que está na Europa. Para isso, volta a se apresentar nos palcos como a “Vênus loira”, tornando-se novamente um grande sucesso.
Ava Gardner (1922-1990)
Vênus, deusa do amor (One touch of Venus). Comédia, fantasia, musical, 1948, EUA. Direção de William A. Seiter e Gregory La Cava. P&B, 82’, 12 anos
O vitrinista Eddie Hatch (Robert Walker) beija uma estátua da deusa Vênus que está exposta na loja em que trabalha. O problema começa quando a estátua vem à vida sob a forma de uma linda mulher (Ava Gardner). Agora, Eddie está em apuros: ele terá que lidar com os ciúmes de sua namorada e tentar resistir aos encantos da estonteante e apaixonada deusa.
Rita Hayworth (1918-1987)
Salomé (Salome). Drama histórico, 1953, EUA. Direção de William Dieterle. Colorido, dublado, 103’, 12 anos)
Herodes (Charles Laughton) é o rei da Galileia e faz da corte um antro de orgia, injustiça e corrupção. João Batista (Alan Badel) e os seguidores de Jesus lutam contra ele, denunciando as atrocidades. A bela Salomé (Rita Hayworth), filha da esposa de Herodes, vive com eles. Sua mãe Herodias (Judith Anderson) pede a cabeça de João Batista, mas não é ouvida, pois Herodes teme a ação popular. Inconformada, Herodias usa sua filha Salomé para conseguir o que quer.