Guiado pela improvisação, O Grivo leva sua música experimental ao palco do Conservatório
O coletivo O Grivo é a atração desta sexta, dia 10 de outubro, na terceira edição da mostra Retratos do Brasil. Com Marcos Moreira, Nelson Soares e Francisco Cesar, o concerto O passado é Deus que passeia incógnito estabelece um diálogo espontâneo entre os músicos e o ambiente. No Conservatório UFMG, o público é convidado a refletir sobre a pluralidade da identidade brasileira por meio do som, do improviso e da escuta sensível. O show começa às 19h30, com entrada gratuita.
“A apresentação é dedicada à improvisação livre, em que som e silêncio se entrelaçam sem roteiro, guiados apenas pela escuta mútua e pela intuição”, informa o coletivo em suas redes sociais. Ao promover uma jornada essencial pela música experimental contemporânea brasileira, o coletivo transforma o imprevisível em arte, tendo o inesperado como motor da criação.
Arte e improviso
Criado em 1990 por Marcos Moreira e Nelson Soares, O Grivo é referência em experimentação e instalação sonoras, trilhas para cinema, artes cênicas e paisagens acústicas. Na apresentação desta sexta-feira, se juntará o músico Francisco Cesar, artista sonoro e improvisador premiado no Festival Nacional de Cinema de Brasília pela trilha de trilha sonora do longa-metragem Arábia (2017).
O grupo já acumula mais de 35 anos de pesquisa, criação e atuação no campo da música e das artes contemporâneas. Na busca por novos sons e possibilidades de orquestração e montagem, o coletivo trabalha com a pesquisa de fontes sonoras acústicas e eletrônicas, com a construção de máquinas e mecanismos sonoros e com a utilização não convencional de instrumentos musicais tradicionais.
