Oportunidades

UFMG apoiará produções culturais sobre a pandemia; inscrições abertas até o dia 26

O Programa de Fomento Cultural, iniciativa da Diretoria de Ação Cultural (DAC) e da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) da UFMG, vai oferecer bolsas para realização de produções artísticas. O prazo para o encaminhamento das propostas foi prorrogado até 26 de abril de 2020. Podem se candidatar alunos de graduação e pós-graduação.

O programa distribuirá 30 bolsas no valor de R$ 900 a alunos da Universidade que criarem obras artísticas, ensaísticas ou literárias sobre as implicações da pandemia. As propostas, inéditas e autorais, devem traduzir essa experiência em arte, literatura e pensamento. Serão aceitas propostas de produções nas áreas de artes visuais, fotografia, vídeo, performance, dança, teatro, circo, música, contos, poesia e romance, além de ensaios em todas as áreas de conhecimento.

Além de preencher o formulário, os candidatos devem enviar o plano de trabalho detalhado, currículo e, se for o caso, comprovante de classificação socioeconômica da Fump. Os trabalhos deverão ser executados de maio a outubro de 2.020, e as produções serão divulgadas nos canais de comunicação da DAC, da Prae e na programação futura da UFMG, como eventos e seminários. O edital está disponível no site do órgão.

De acordo com o diretor de Ação Cultural, Fernando Mencarelli, duas perguntas motivaram a proposição da chamada: O que se move enquanto bilhões de pessoas em todo o mundo se recolhem em suas casas em distanciamento social? E até que ponto essa ameaça à vida nos obriga a repensar nossa forma de viver?  “Afinal, enquanto paramos, a história se move. E essa talvez seja a tarefa mais urgente colocada para todos nós", reflete.

Ações afirmativas
Ao menos 20% das bolsas serão destinadas a propostas que contribuírem com a política de ações afirmativas da UFMG. “A Covid-19 é universal, mas a experiência criada pela pandemia pode ser vivida de forma diferente dependendo do lugar social, racial, étnico e da condição de gênero em que cada pessoa está posicionada”, afirma a diretora de Políticas de Ações Afirmativas da Prae, Daniely Reis.

A diretora explica que a pandemia atinge de modo diferente populações indígenas, quilombolas, em situação de rua, moradores de vilas e favelas, entre outros estratos da sociedade. “Queremos provocar reflexão sobre esses diferentes pontos de vista e esperamos propostas criativas suscitadas a partir do lugar que cada artista ocupa, considerando as diferentes realidades, as estruturas de desigualdade e, sobretudo, as potencialidades representadas nas perspectivas das diversas pessoas nesse novo contexto”, analisa.

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Apresentação da comunidade quilombola de Buriti do Meio, em São Francisco, no Norte de Minas: programa está aberto a propostas criativas sobre diferentes realidades e estruturas de desigualdade Amanda Lelis / UFMG