Terça, às 17h30: aula aberta na Medicina aborda tradições indígenas de promoção à saúde
Uma aula aberta, agendada para terça-feira, 31 de maio de 2022, vai promover um debate sobre a relação entre o saber indígena e a medicina ocidental. A roda de conversa será realizada no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG, no campus Saúde (Avenida Professor Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia), com início às 17h30. O evento Os povos Huni Kuĩ/Kaxinawá e Omágua/Kambeba: tradições e rituais de tratamento e cura terá apresentação da médica Adana Omágua (cujo nome ocidental é Danielle Soprano) e do estudante de medicina Otávio Kaxixó. Também participarão o professor Ulysses Panisset, do Departamento de Medicina Preventiva e Social, coordenador da aula aberta, e outros dois representantes indígenas: Bane e Nixiawaka, ambos do povo Huni Kuĩ.
A roda de conversa integra a disciplina Perspectivas globais da saúde indígena, ofertada pelo Departamento de Medicina Preventiva e Social no contexto de formação transversal internacional da UFMG. Coordenador da disciplina, o professor Ulysses Panisset explica que o evento vai promover o encontro de diferentes perspectivas em saúde: a da medicina ocidental, baseada na evidência científica, e a da medicina indígena, que tem como parâmetros a natureza e a espiritualidade. “São dois paradigmas que podem se beneficiar mutuamente. Inclusive há evidências sobre essa contribuição, como nos estudos de plantas medicinais e dos princípios ativos”, afirma.
A Faculdade de Medicina da UFMG tem oito estudantes indígenas. Também por isso, segundo Panisset, é importante ampliar a discussão sobre as tradições dos povos originários e suas contribuições para a sociedade, incluindo as ações e os conhecimentos em promoção da saúde.
Cura da Terra
No mesmo dia, o Centro de Memória (Cememor) da Faculdade de Medicina reapresenta a exposição (Re)Tratar – Cura da Terra, montada no Corredor da Memória. A mostra reúne fotografias que ilustram a vida de dois povos indígenas aldeados durante a pandemia de covid-19, trabalho realizado pelo estudante Otávio Kaxixó e pelo professor Edgar Kanaykõ, da Formação Intercultural de Educadores Indígenas da UFMG.
Mais informações sobre a exposição estão nesta reportagem publicada no site da Faculdade de Medicina.
(Com Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina)