Belo Horizonte e Minas Gerais endurecem restrições para conter a covid-19
Infectologista Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina e membro dos comitês de enfrentamento à covid-19 da UFMG e de Belo Horizonte, conversou com o Conexões
Nesta semana, entraram em vigor, em Minas Gerais, novas medidas restritivas de circulação. Em Belo Horizonte, apesar de o endurecimento das normas permitir somente a abertura de serviços essenciais, ainda não há lockdown, que ocorre quando a circulação na cidade é proibida, obrigando as pessoas a permanecerem em casa.
A decisão atual da Prefeitura de Belo Horizonte busca reduzir ao máximo a circulação para conter o avanço da pandemia, que se encontra em seu pior momento. Segundo o boletim epidemiológico mais recente, publicado no fim da tarde dessa segunda-feira, 15, os indicadores seguem em níveis preocupantes na cidade: a taxa de transmissão está em 1,28, a ocupação de leitos de UTI, em 93,4%, e a ocupação de leitos de enfermaria, em 78,9%.
A decisão de restringir o funcionamento do comércio e outros espaços públicos de Belo Horizonte, assim como outras medidas de contenção da pandemia, são pautadas por um comitê de enfrentamento à covid-19, que conta com médicos, pesquisadores, infectologistas e vários outros especialistas da saúde. Um deles é o médico infectologista Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina da UFMG e também integrante do comitê de enfrentamento à pandemia da Universidade. Nesta terça-feira, 16, ele conversou com o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, para falar sobre as medidas.